"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15622

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Maria de Fátima Cotta da Silva
Orientador FABIANA AZEVEDO VOORWALD
Outros membros Daniela Tavares de Lima , Gabriel Coutinho Silveira, Mirtes Martins , Natália Brioschi Andreão
Título Colecistectomia para remoção de cálculos em vesícula biliar de cadela
Resumo A colelitíase é uma afecção pouco frequente em cães e gatos e corresponde à presença de cristais formados de colesterol ou bilirrubinato de cálcio associado a bilirrubina, no interior da vesícula biliar. A colelitíase pode ser assintomática, sendo identificada por exames de imagem, e, pode cursar com intensa manifestação dolorosa abdominal, anorexia, êmese, icterícia e perda de peso, podendo evoluir para obstrução do ducto biliar e inflamação de órgãos adjacentes como pâncreas e intestino delgado, e ainda, a ruptura da vesícula biliar causando consequente peritonite química e suas complicações severas. As causas mais comuns para formação dos cálculos biliares são a colângio-hepatite e colecistites bacterianas, nas quais a atividade das bactérias B-glucuronidase tornam a bilirrubina livre no ambiente e favorecem a sua precipitação em cristais, hipomotilidade da vesícula biliar ou intestinal, aumentando o tempo de permanência da bile na vesícula. Objetiva-se relatar o caso de uma cadela Shih-Tzu, 6 anos, castrada, apresentando apatia, hiporexia, andar rígido, sensibilidade abdominal e emagrecimento crônico. Foram realizados exames físicos e hematológicos, os quais evidenciaram moderada algia em palpação epigástrica e enzimas hepáticas no limite superior. A paciente foi encaminhada para ultrassonografia abdominal e foram observadas estruturas de superfície lisa e hiperecogênica, formando sombreamento acústico posterior, compatível com cálculos no interior da vesícula biliar, além de mucosa espessa. A paciente foi encaminhada para laparotomia exploratória que possibilitou identificação da vesícula biliar repleta com evidente inflamação em serosa. A vesícula foi isolada com compressas estéreis e foi realizada dissecção romba do peritônio visceral entre vesícula e fígado, liberação dos ductos císticos, hepático e colédoco até a junção coledocoduodenal. Realizou-se a cateterização do colédoco via papila duodenal com sonda uretral 6 e aplicação de solução salina para averiguar possíveis sinais de obstrução. Em seguida, foi realizada ligadura dupla nos ductos hepático e colédoco com fio poliglecaprone 3-0 e efetuou-se incisão removendo vesícula e ducto biliar. O fígado foi reposicionado e procedeu-se miorrafia e dermorrafia. Conclui-se que, o quadro de colelitiase pode resultar em abdômen agudo nos cães e outros sinais clínicos severos, podendo evoluir para óbito. O diagnóstico assertivo é imprescindível para que o paciente seja encaminhado para o procedimento cirúrgico e o quadro revertido antes que haja comprometimento clínico severo. Fatores como competência, destreza, experiência do cirurgião, bom conhecimento da técnica cirúrgica, dissecção mínima e delicada, hemostasia adequada, ausência de tensão nas suturas e utilização de material de síntese apropriado, são fatores importantes para evitar ocorrência de complicações trans e pós-operatórias.
Palavras-chave gastroenterologia veterinária, colangite, bilirrubina
Forma de apresentação..... Painel
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