"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15616

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Beatriz Ibrahim Miranda Antunes
Orientador FABIANA AZEVEDO VOORWALD
Outros membros FLAVIA SIMPLICIO RODRIGUES, Juliana Abras de Resende, Letícia Pereira Manoeli, VERONICA RODRIGUES CASTRO
Título Tratamento cirúrgico para persistência de arco aórtico direito em cão
Resumo A persistência do arco aórtico direito é uma anomalia congênita cardiovascular, e corresponde a 95% das anomalias de anéis vasculares relatadas. Trata-se da má formação dos grandes vasos, em que a aorta desenvolve-se a partir do arco direito ao invés do esquerdo, e envolve estruturas tubulares como o esôfago, a traqueia ou ambos. O grau de compressão extra luminal dessas estruturas varia significativamente, determinando a gravidade dos sinais clínicos exibidos pelo paciente. Quando o esôfago é comprometido, o paciente apresenta quadro de megaesôfago. O diagnóstico é definido através do histórico, sinais clínicos e exames de imagem como radiografias torácicas e endoscopia digestiva. O tratamento definitivo é cirúrgico, através da ligadura e secção do ligamento arterioso que leva ao estrangulamento esofágico. Quando não tratado, o prognóstico é reservado, pela possibilidade de agravamento por dilatação esofágica irreversível e pneumonia aspirativa. Objetiva-se relatar o caso do paciente Jake, macho, da raça Chow-chow, 1 ano de idade, apresentando disfagia, regurgitação pós-prandial, caquexia e apatia. O esofagograma evidenciou súbita atenuação de contraste em porção esofágica em topografia de base cardíaca e dilatação de esôfago cranial ao ponto de sugestiva estrangulação. Pela endoscopia digestiva constatou-se dilatação luminal desde a entrada esofágica cranial até o segmento torácico cranial, formação de dois divertículos em fundo cego e lúmen esofágico estenosado por compressão extraluminal de pulsação vascular na altura de base cardíaca. O paciente foi submetido à toracotomia esquerda no quarto espaço intercostal, por onde foi possível identificar os grandes vasos e o ligamento arterioso. Procedeu-se com a remoção de aderências esofágicas, com dupla ligadura com fio Poliglactina 910 3-0, seguida de ressecção do ligamento arterioso e inserção de sonda esofágica para certificar a desobstrução do órgão. Realizou-se toracorrafia ancorando fio Poliglactina 910 1 na quarta e quinta costelas em padrão simples separado, miorrafia e dermorrafia, mantendo sonda intratorácica para restabelecimento de pressão negativa. O paciente foi encaminhado para internamento para supervisão e controle analgésico. Em 72 horas encontrava-se estável, alimentando-se espontaneamente sem episódios de disfagia ou regurgitação e assim, obteve alta. Após 10 dias, a ferida cirúrgica encontrava-se coaptada, sem sinais de inflamação, e procedeu-se com a remoção dos pontos. O paciente apresentou melhora completa do quadro clínico e do escore corporal, interrupção dos episódios de regurgitação e ausência de complicações pós-operatórias. Assim sendo, foi concedida alta clínica para o paciente. O tratamento instituído foi satisfatório, visto que a intervenção cirúrgica é o único método para a correção definitiva da constrição esofágica pelo ducto arterioso. Pacientes não submetidos ao procedimento podem desenvolver quadro grave de subnutrição e pneumonia, com prognóstico reservado.
Palavras-chave cirúrgico, congênito, cardiovascular
Forma de apresentação..... Painel
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