Resumo |
O aumento da comercialização em escala global de produtos florestais é um fator que constata a crescente intensificação da atividade do setor florestal em nível mundial, bem como o aumento da importância desse setor para a geração de empregos, renda, impostos e divisas em todo o planeta. O setor florestal tem como característica uma cadeia produtiva dinâmica e complexa, que é salientada pelo renovado interesse e investimento de diversas organizações pela atividade, principalmente pelo seu potencial em estimular a geração de impactos socioeconômicos e ambientais positivos. A globalização do comércio, por sua vez, se tornou fundamental para as nações, promovendo maiores ganhos através do processo competitivo, acarretando o desenvolvimento de inovações tecnológicas e cadeias produtivas cada vez mais eficazes. Desta forma, estudar a competitividade dos mercados globais de produtos florestais madeireiros é de extrema importância para o fornecimento de subsídios para a formulação de políticas públicas e privadas para o desenvolvimento socioeconômico desse setor além de uma maior ampliação do segmento, gerando ganhos de competitividade e melhores estratégias de planejamento da produção e comercialização. O objetivo dessa pesquisa foi analisar a competitividade no comércio internacional de produtos florestais madeireiros, entre os anos de 2008 e 2018. Para tanto foram utilizados três índices: Vantagem Comparativa Revelada (IVCR), o Índice de Abertura do Comércio (Oi) e o índice de contribuição ao saldo comercial (ICSC). Nesse trabalho, buscou-se realizar a pesquisa de forma que as perspectivas do mercado pudessem ser observadas de um foco menos sistemático, englobando todo o setor desses produtos. Os resultados obtidos apresentaram o mercado de produtos florestais como exigente e competitivo, destacando-se os produtos painéis de madeira, celulose e madeira serrada que se apresentaram fortemente competitivos em suas exportações, contribuindo para o superávit da balança comercial. Esses produtos apresentaram vantagem comparativa, destacando-se por serem setores especializados no comércio internacional. Além disso, por meio dos resultados foi possível constatar ganhos em competitividade na maioria dos países por meio do IVCR, porém, países europeus tiveram perdas nesse quesito em detrimento das crises financeiras e medidas de austeridade adotadas. Com exceção da China e Alemanha, todos os países apresentaram vantagem comparativa pelo ICSC, além disso, todos os países apresentaram baixo grau de abertura, havendo um decréscimo nos anos de 2008 e 2009 devido às políticas restritivas e medidas protecionistas. Concluiu-se, então, que países que possuíram maiores vantagens comparativas, contribuíram de forma mais significativa para o saldo comercial. |