Resumo |
As incubadoras de empresas surgiram no Brasil em meados da década de 1980 a fim de promover a concretização de novos empreendimentos. Uma grande parcela desses ambientes de inovação se encontra vinculada a instituições de ensino superior, a exemplo da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (IEBT) do tecnoPARQ, situada no município de Viçosa-MG e criada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) em 1996. Desde então, a IEBT tem se destacado como um agente de fomento aos empreendedores locais, sendo reconhecida em diversas premiações ao longo dos anos e, em 2019 recebeu a certificação do Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne). Nesse sentido, as atividades realizadas pelo programa de incubação visam propiciar um ambiente que dê suporte, desenvolva e estruture novos negócios de base tecnológica, além de fomentar a cultura empreendedora, resultando em um ecossistema empreendedor local cada vez mais consolidado e inovador. Para atender este objetivo, o Programa de Incubação se baseia na metodologia CERNE, desenvolvida pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores – ANPROTEC. Os eixos abordados são: mercado, gestão, capital, tecnologia e empreendedor. Além desses, o tecnoPARQ também trabalha com outros dois: impacto e internacionalização. As ações incluem: a estruturação do planejamento estratégico da empresa, apoio gerencial através de assessorias, consultorias e reuniões de acompanhamento , qualificações pelo Programa Integrado de Qualificação Empreendedora que consagra temas de grande interesse dos empresários em workshops e palestras ministradas por especialistas ou pelos próprios colaboradores do tecnoPARQ e o programa de Mentoria Oriente, que visa conectar os colaboradores e sócios das empresas com empresários e profissionais experientes com o intuito de auxiliá-los na condução bem sucedida de seu negócio. Diante disso, com base nos dados disponibilizados pelo InovaData-MG é possível verificar as contribuições das empresas incubadas no tecnoPARQ para o ambiente de inovação e de desenvolvimento local para o período de 2016 a 2020. Observa-se que as empresas incubadas obtiveram um faturamento total de R$ 4.678.048,46 milhões, além de terem contribuído com mais de R$ 87.398,18 aos cofres públicos municipais através de impostos diretos e abrirem 123 novos postos de trabalho. Além disso, ressalta-se que das 48 empresas que graduaram no programa, 36 permanecem ativas gerando renda e empregos à sociedade e integrando não só o ecossistema empreendedor de Viçosa, mas de diversas regiões do país. Isso representa uma taxa de sobrevivência de 75%, sendo maior do que a média nacional e estadual de pequenas empresas que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), equivalem a 47,5% e 49,8%, respectivamente, após cinco anos de atividade. Deste modo, é evidente que a IEBT tem um papel fundamental como agente de apoio ao empreendedorismo local. |