"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15568

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ecologia
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Rodrigo Alves Rodello
Orientador LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE
Outros membros Daiana Ferreira Dias, Glória Stefhany Albuquerque Silva, Otávio Miranda Verly
Título Caracterização estrutural de fragmentos florestais de Mata Atlântica em diferentes estágios sucessionais na Zona da Mata mineira
Resumo O arranjo das florestas nativas é influenciado por diferentes fatores ambientais. Pressões antropogênicas podem ocasionar variações na composição e estrutura, promovendo distúrbios que podem comprometer a capacidade de regeneração e perpetuação da floresta. A avaliação das características estruturais contribui para compreensão da dinâmica florestal e sua relação com eventos antrópicos e climáticos. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a estrutura florestal dos fragmentos em diferentes estágios sucessionais na região da Zona da Mata, Viçosa, MG. O estudo foi realizado nos fragmentos florestais pertencentes à Universidade Federal de Viçosa (UFV) campus Sede. A área de floresta nativa é de 861,66 ha, correspondentes a fragmentos de extensão variável compostos por vegetação de Mata Atlântica classificada como Floresta Estacional Semidecidual Montana, em estágios sucessionais heterogêneos provenientes de diferentes atividades antrópicas de uso do solo. Segundo a classificação de Köppen o clima da região é do tipo Cwb, com verões quentes e chuvosos e invernos frios e secos. As áreas florestais foram estratificadas em três níveis de sucessão secundária: i) inicial (E1), ii) intermediário (E2), e iii) avançado (E3). Em cada estrato foram estabelecidas aleatoriamente 10 parcelas com dimensões 20x50 m (0,1 ha). Os indivíduos arbóreo-arbustivos e palmeiras vivos com Diâmetro a Altura do Peito (DAP) ≥ 5 cm foram inventariados. A altura total (Ht) foi obtida com um hipsômetro digital Vertex IV. Foram inventariados 4.114 indivíduos, que totalizaram 4.579 fustes. O número de indivíduos (NI) em E1, E2 e E3 foi de 1.252, 1.515 e 1.347, respectivamente. Já o número de fustes (NF) foi de 1.428, 1.664, 1.487. O E1 obteve a maioria do NI (36,83%) e do NF (36,34%). Para DAP os valores foram 11,33, 10,68 e 12,91 cm nos estratos E1, E2 e E3, respectivamente. A Ht média foi de 9,74 (E1), 9,55 (E2) e 11,98 m (E3). A área basal (AB) em cada estrato foi de 16,99, 20,97 e 30,10 m2 ha-1 para E1, E2 e E3. O maior valor das médias de DAP e Ht para o E1 pode ser atribuída às diferentes feições florestais admitidas como formações iniciais, as quais variaram de capoeiras de pequeno porte até pastagens abandonadas e com indivíduos de grande porte esparsamente distribuídos. A distribuição diamétrica apresentou o padrão em J-invertido em todos os estratos. A classe de 5 a 10 cm correspondeu a 59,42, 61,99 e 55,83% dos indivíduos do E1, E2 e E3, respectivamente. E2 obteve maior densidade de indivíduos nas duas primeiras classes (5 a 15 cm), sendo superado por E3 nas classes seguintes. Os fragmentos apresentam desenvolvimento sucessional e estrutura florestal adequados, e equilibrados, atestados pela distribuição diamétrica em J-invertido e o incremento em DAP, Ht e AB durante o amadurecimento da vegetação.
Palavras-chave Distribuição diamétrica, Floresta Estacional Semidecidual Montana, Sucessão Florestal.  Eixo temático: Trabalho de Pesquisa
Forma de apresentação..... Painel
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