Resumo |
O tomateiro possui diversos constituintes químicos contra o ataque de pragas. Porém, com sua domesticação a morfologia, o conteúdo nutricional, o brix e a produtividade foram afetados, aumentando assim suscetibilidade das plantas. Dentre as pragas do tomateiro uma que se destaca é a Tuta absoluta, o seu principal método de controle é o químico, o qual muitas vezes apresenta falhas, enquanto o biológico não consegue atender grandes áreas com os números de inimigos naturais. Como alternativa a estes métodos há o melhoramento genético, o qual reduz a pressão de seleção dos inseticidas, aumenta a eficácia de controle da praga e reduz custos. O objetivo desta pesquisa foi estudar a resistência dos acessos de tomateiros e seu cruzamento com a variedade comercial ‘Santa Clara’ a T. absoluta. O experimento foi realizado em casa-de-vegetação e em laboratório. Para tanto foram utilizados os seguintes acessos: BGH985, PI127826, PI134417 e Santa Clara. Sendo semeadas em bandejas de isopor e após 30 dias transplantadas para vasos. A população de T. absoluta foi iniciada a partir de lagartas, sem definição do instar, coletadas junto com folhas de tomateiro ‘Santini’. Então, foram feitos os cruzamentos entre os genitores, sendo Santa Clara o genitor feminino e os outros acessos os genitores masculinos. Após, foram levadas ao laboratório as folhas dos cruzamentos e colocadas em gaiolas, com 70 adultos da traça-do-tomateiro em cada gaiola. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com quatro repetições. A contagem do número de ovos foi feita 24 e 48 horas após a liberação dos adultos. Com isso, viu-se que, o BGH985 foi mais preferido para oviposição de T. absoluta do que PI127826 e PI134417, não diferindo estatisticamente do controle ‘Santa Clara’, porém apresentou alta mortalidade das lagartas T. absoluta, enquanto o número de ovos/folha de tomateiro no tratamento PI134417 foi menor. Assim, a categoria de resistência foi a antixenose e o tratamento PI134417 é o mais resistente a T. absoluta. |