"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15544

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia sanitária
Setor Departamento de Engenharia Civil
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Giordanna Misse Miranda
Orientador MARIA LUCIA CALIJURI
Outros membros Adriana Paulo de Sousa Oliveira, Myllena Azevedo de Rezende, Pedro Henrique de Oliveira Regazi
Título Produção de pigmentos de microalgas cultivadas em diferentes águas residuárias
Resumo As microalgas são microrganismos com potencial biotecnológico, pois permitem a obtenção de diferentes produtos de valor agregado, como a produção de biomassa para extração de pigmentos. No entanto, o cultivo de microalga em meio sintético pode apresentar altos custos. Para contornar esse obstáculo é sugerido o cultivo em águas residuárias. O esgoto doméstico (ED), efluente da indústria de celulose (EIC) e a água residuária da suinocultura (ARS) podem ser empregados no cultivo das microalgas e obtenção de biomassa de forma econômica. Contudo, as informações sobre a produção de pigmentos de microalgas quando cultivadas nesses efluentes são escassas. Assim, o objetivo deste estudo foi comparar a produção de carotenóides, clorofila-a e clorofila-b por microalgas cultivadas em ED, EIC e ARS. O ED foi obtido na rede coletora da cidade de Viçosa e pré tratado em digestor anaeróbio de bancada. A ARS foi coletada na Unidade de Ensino Pesquisa e Extensão em Suinocultura da UFV, após o tratamento em digestor anaeróbio e lagoa aerada. O EIC é proveniente de fábrica de celulose branqueada de eucalipto e foi coletado após tratamento secundário por lodos ativados. Os efluentes foram filtrados em membrana de 1,2 µm e 200 mL foram transferidos para frascos transparentes juntamente com 50 mL de inóculo. Os frascos foram mantidos em incubadora a 25°C, iluminação constante de 2000 lux e agitação manual uma vez ao dia. As concentrações de carotenóides e clorofilas foram monitoradas periodicamente com a centrifugação de 4 mL de amostra, seguido de extração com metanol e leituras em espectrofotômetro. Cada efluente foi avaliado em triplicata e as máximas concentrações de carotenóides e clorofilas obtidas foram submetidas à análise de variância e teste de Tukey ao nível de 5%. Os resultados demonstraram que as microalgas cultivadas em ED e EDC apresentaram uma concentração de clorofila-a de 4,16 e 3,57 mg/L respectivamente, e clorofila-b de 5,87 e 4,93 µg/mL, sendo significativamente maior se comparado com a ARS (1,65 mg/L e 2,11 µg/mL). Quanto aos carotenóides, o ED conferiu o melhor desempenho e proporcionou uma concentração de até 6,17 µg/mL, cerca de 1,4x maior se comparado com a ARS e EDC. Além disso, utilizando o ED as máximas concentrações de carotenóides e clorofilas foram alcançadas em até 8 dias de cultivo, enquanto no EIC foram necessários até 14 dias. A ARS e EIC foram coletadas após tratamento secundário, o que pode ter reduzido os teores de nutrientes nesses efluentes. Já o ED foi parcialmente tratado antes da utilização como meio de cultivo e possivelmente apresentou maior concentração de nutrientes para suportar o crescimento algal, o que contribuiu para a obtenção dos melhores resultados com esse efluente. Este estudo contribui com ações que visam o desenvolvimento sustentável, pois demonstrou que o ED pode ser aplicado em rotas biotecnológicas que resultam na obtenção de produtos com valor comercial.
Palavras-chave microalgas, carotenóides, biotecnologia
Forma de apresentação..... Vídeo
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