Resumo |
Introdução: O dano induzido por radicais livres nas células promove um desbalanço nos tecidos conhecido como estresse oxidativo. Alguns produtos naturais possuem atividade antioxidante, protegendo as células da ação de radicais livres. Estudos realizados com Maclura tinctoria (L.) D. Don ex Steudel (Chlorophora tinctoria Gaud.), popularmente conhecida como “amora-do-mato” revelaram a presença de flavonoides prenilados demonstrado grande potencial terapêutico desta planta. Objetivo: Determinar o potencial citoprotetor de diferentes concentrações do extrato da folha de Maclura tinctoria em macrófagos RAW264.7. após indução do estresse oxidativo com peróxido de hidrogênio (H2O2). Material e métodos: Macrófagos Raw264.7 foram plaqueados na densidade de 2x104 células/poço em placa de 96 poços, contendo meio de cultura DMEM, suplementado com 10% de soro fetal bovino (SFB). Os cultivos foram incubados em estufa (37°C e 5% CO2) por 24h. Uma curva de concentração de H2O2 foi construída (0,125; 0,25; 0,5;1,0 e 2,0 mM) para determinar a dose que provocaria a redução da viabilidade celular em até 92% após as 24h de exposição. O grupo controle era composto apenas por células e meio de cultura suplementado. A avaliação da viabilidade das células foi feita através do método de MTT. Após definir a concentração de H2O2 com efeito deletério de até 92%, foi realizado o teste de viabilidade celular. Macrófagos foram plaqueados na densidade de 2x104 células/poço em placa de 96 poços, contendo meio de cultura (DMEM + 10% de SFB). Os cultivos foram incubados em estufa por 24h, e posteriormente expostas ao extrato diclorometânico de M. tinctoria nas concentrações de 50 e 25 μg/mL. Após 24h, as células foram expostas a 2mM de H2O2 por 2h. Foram feitos dois grupos controles: controle positivo (células e meio suplementado) e controle negativo (células, meio suplementado e H2O2). A avaliação da viabilidade celular foi realizada através do teste de MTT. Todos os ensaios foram realizados em triplicata. Resultados: Na indução do estresse oxidativo de macrófagos com H2O2 houve redução da viabilidade celular em 92% na concentração de 2mM de H2O2, tendo como referência o grupo controle (100% de viabilidade). Quanto ao efeito citoprotetor do extrato após indução de estresse por H2O2, observou-se aumento da taxa de viabilidade celular nas duas concentrações testadas, entretanto, em 25 μg/mL esse aumento foi significativo, tendo como referência os grupos controles. Conclusão: O extrato diclorometânico proveniente da folha de M. tinctoria, se mostrou eficiente nas análises de viabilidade celular, na concentração de 25 μg/mL em macrófagos Raw264.7, reduzindo estresse oxidativo mediado por H2O2, comprovando sua capacidade de citoproteção. |