Resumo |
A madeira é um material de origem vegetal e susceptível à decomposição ou deterioração, sendo o processo de biodeterioração aquele de maior importância. Portanto, é necessário que a madeira seja tratada com preservantes. Os tratamentos mais utilizados atualmente é a preservação química. Os preservantes químicos mais utilizados são o arseniato de cobre cromatado - CCA e o borato de cobre cromatado - CCB. Entretanto, devido aos seus altos índices de toxicidade, as suas utilizações vem sendo restringidas. Uma alternativa menos toxica, é o timol, um óleo essencial extraído de diversas espécies. Este óleo é um promissor biocida, inibindo a proliferação de fungos, bactérias, besouros e cupins. O objetivo desse estudo foi avaliar a eficiência do timol como preservante de madeira. Para tanto foram realizados ensaios de degradação por cupins de madeira seca (Cryptotermes brevis). Foi utilizado madeira de paricá (Schizolobium amazonicum). A madeira foi tratada com soluções contendo 1,3 ou 5%, de timol, além de água, etanol e surfactante (Tween20). Foram realizados 3 procedimentos de aplicação das soluções preservantes: pincelamento, difusão prolongada e pressão. Foi utilizando para cada tratamento 10 peças de madeira, com dimensões de 2,3 x 0,6 x 7,0 cm. Além disso, utilizou-se 40 cupins, que permaneceram dentro de um cilindro plástico colado com parafina sobre as amostras de madeira. Após 45 dias quantificou-se a mortalidade de cupins e os danos causados às amostras. Os dados foram submetidos à Análise de Variância (ANOVA) ao nível de 5% de significância. Observando-se diferenças significativas, procedeu-se o teste de Tukey e Dunnett. Analisando as amostras notou-se um elevado desgaste da testemunha e da madeira tratada por pincelamento, sugerindo que este tipo de tratamento não garante proteção necessária contra os cupins. Os tratamentos de difusão prolongada e pressão foram mais eficazes na inibição dos desgastes causados pelos cupins. Para a mortalidade, a concentração de 1% de timol obteve menor taxa, independentemente do tipo de tratamento, já a concentração de 5%, considerando os tratamentos de difusão prolongada e pressão, ocasionou uma mortalidade de 97,50% e 87,92%, respectivamente. Apesar da diferença de mortalidade entre as concentrações e entre os tratamentos, destaca-se que todas as mortalidades foi maior do que aquela observada na madeira madeira não tratada, que foi de 39%. Conclui-se que as combinações dos tratamentos preservativos e das concentrações de timol ocasionaram uma maior taxa de mortalidade em relação à madeira in natura. Os tratamentos de imersão e pressão resultaram em maiores valores para o índice de mortalidade de C. brevis nas concentrações de 3 e 5% de timol. Além disso na madeira tratada com 5% de timol observou-se menor número de orifícios e desgaste causados pelos cupins. |