"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15490

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Letícia Pereira Manoeli
Orientador LUKIYA SILVA CAMPOS FAVARATO
Outros membros BEATRIZ IBRAHIM MIRANDA ANTUNES, CLARA ALMEIDA BARCELOS, Juliana Abras de Resende, SALUA DABIEN HADDAD COSTA
Título Anestesia em cirurgia corretiva de Persistência do Arco Aórtico Direito (PAAD) em cão: Relato de caso.
Resumo A Persistência do Arco Aórtico Direito (PAAD) é uma anomalia congênita do sistema cardiovascular comum em cães. A regurgitação é o principal sinal clínico, decorrente de megaesôfago que se desenvolve quando o arco aórtico embrionário direito, torna-se a aorta funcional. Um anel vascular composto pelo arco aórtico à direita, artéria pulmonar, ventralmente a base do coração e, à esquerda, o ligamento arterioso constringe o esôfago e há dilatação cranial ao anel à medida que o animal se alimenta. O diagnóstico é realizado por meio da anamnese, sinais clínicos, associados a imagem característica em exame radiográfico e endoscopia digestiva alta. O tratamento de escolha é cirúrgico e representa um desafio à anestesia pelo risco aumentado de aspiração de conteúdo esofágico, ocorrência de sobredoses devido a caquexia e hipoproteinemia presente nesses pacientes, além das particularidades relacionadas à ventilação mecânica, indispensável nesse tipo de cirurgia. Quando a correção cirúrgica não é realizada, torna o prognóstico reservado, pelo risco do agravamento da dilatação esofágica e pneumonia aspirativa. Objetiva-se relatar a anestesia de um cão, da raça Chow Chow, macho de um ano de idade. Realizou-se a medicação pré-anestésica com acepromazina (0,02mg/kg), cetamina (1mg/kg) e midazolam (0,2mg/kg), via intramuscular. Após sedação e preparo, foi realizada indução anestésica com propofol (4mg/kg), intubação orotraqueal, e em seguida instituiu-se monitoração anestésica com oximetria de pulso, capnografia, eletrocardiograma e pressão arterial invasiva. Foi realizado bloqueio intercostal (2º ao 6º espaço) com 0,25 ml de bupivacaína 0,5%, por espaço. Manutenção anestésica foi realizada com fentanil (5mcg/kg/min) e propofol (0,025 a 0,03 ml/kg/min). Foi iniciada ventilação mecânica com volume controlado, com pressão positiva ao final da expiração (PEEP) de 2 cmH2O. Infusão de noradrenalina (0,1 mcg/kg/min) foi necessária para reversão da hipotensão arterial. Durante transoperatório, o paciente manteve-se em normóxia, normotérmico e normotenso. Houve um episódio de bradicardia (35 bpm) que foi tratado com atropina (0,022 mg/kg). Ao fim da cirurgia, foi instalado dreno torácico. Analgesia pós-operatória foi realizada com a instilação interpleural de ropivacaína 0,25%, a cada 6h, durante 24h, precedida de aspiração do conteúdo torácico. Desmame da ventilação mecânica foi realizado no modo pressão de suporte por um período de duas horas após o fim da cirurgia. O paciente recebeu alta em dois dias apresentando normalidade de todos os parâmetros fisiológicos. As cirurgias torácicas, particularmente em pacientes com megaesôfago, são desafiadoras por aumentar os riscos anestésicos, exigindo habilidade na condução da ventilação mecânica e medidas que visam reduzir o risco de aspiração do conteúdo esofágico. Analgesia pós-operatória adequada foi fundamental para retorno rápido da ventilação espontânea, assim como deambulação e alimentação precoce.
Palavras-chave PAAD, Anestesia, Megaesôfago
Forma de apresentação..... Painel
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