Resumo |
Por milênios, a humanidade se vê deslumbrada pelos astros e como seus movimentos regulares afetam no que ocorre em seu meio ambiente. Civilizações antigas como os Fenícios e os Maias utilizavam-se da observação das estrelas para desenvolver suas navegações ou até mesmo prever as melhores épocas para suas colheitas, dessa forma motivando a necessidade de explorar a fundo esses maravilhosos corpos brilhantes. Nascia daí, um dos mais apaixonantes campos da ciência, a Astronomia. Em 2021, em meio a uma pandemia de caráter global, o interesse pelo estudo das estrelas, planetas, cometas e de todo o universo, se mostrou ainda forte entre os alunos da Escola Estadual Dr. Mariano da Rocha. Neste trabalho apresentaremos os desafios de ensinar Astronomia a alunos do ensino fundamental e médio, em uma abordagem remota. Por meio do projeto intitulado “OBA-2021-Mariano” desenvolvido por estudantes do curso de Física da Universidade Federal de Viçosa – Campus Viçosa, vinculados ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, sob orientação do supervisor Ricardo Rocha. Tal projeto se deu com o intuito de mediar e orientar o estudo de conhecimentos básicos da Astronomia de forma lúdica e cooperativa, preparando os participantes para a prova da 24ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica – OBA. O projeto foi realizado do dia 12 de maio à 26 do mesmo mês e contou com a participação de 16 estudantes, do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. A execução do projeto se deu não apenas em oferecer aulas de Astronomia aos alunos, mas também de criar as condições necessárias para que eles pudessem ser capazes de realizar um estudo independente e assíncrono, por meio de um grupo do Whatsapp. Diariamente, foram selecionados materiais teóricos como capítulos de livros e apostilas, vídeos do Youtube e infográficos referentes às competências exigidas em cada nível da prova. Bem como, uma atividade para a prática do conteúdo estudado ao longo do dia, estas envolveram dinâmicas como a criação do modelo do sistema solar, observação de constelações, e também soluções de provas de edições anteriores. Semanalmente, encontros via Google Meet foram realizados com dois objetivos: i. Sanar possíveis dúvidas dos alunos em relação aos temas estudados e também sobre o funcionamento da olimpíada; ii. “Aulões” de revisão e solução de exercícios. Dos 16 alunos inscritos no projeto, 11 realizaram a prova da OBA. Obtivemos 6 notas superiores ou iguais a 5, sendo duas delas 7.4 e 6.8, que podem resultar em possíveis medalhas. Mesmo com as limitações vindas da Pandemia do novo Coronavírus, 16 alunos da rede pública de ensino puderam se aventurar pelas estrelas. “Em algum lugar algo incrível está esperando para ser descoberto”, Carl Sagan, e com certeza esses alunos estão ainda mais perto. |