"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15437

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro UFV
Primeiro autor ISABELA PORTO VELOSO
Orientador FABIANA AZEVEDO VOORWALD
Outros membros Daniela Tavares de Lima , Mirtes Martins , VERONICA RODRIGUES CASTRO
Título Terapias adjuvantes após tratamento cirúrgico para melanoma maligno oral recidivante canino
Resumo O melanoma é a neoplasia oral canina mais comum e possui caráter extremamente agressivo e metastático, com alto grau de invasão local. Os sinais clínicos correspondem à halitose, sangramento oral, disfagia e dor. Acredita-se que alguns fatores de risco como hiperpigmentação, doença periodontal e senilidade estão relacionados com o desenvolvimento dessa neoplasia. Dentre as opções de tratamento do melanoma estão a terapia cirúrgica, radioterapia, quimioterapia, hipertermia, eletrocirurgia e imunoterapia. A mandibulectomia e a maxilectomia devem ser efetuadas com margem de segurança, podendo ser realizada também a ressecção de linfonodos regionais. A recidiva ocorre frequentemente após a excisão cirúrgica, portanto, as terapias adjuvantes desempenham um papel fundamental no tratamento da neoplasia. Objetiva-se relatar o caso de uma paciente canina, fêmea, castrada, da raça Chow Chow, 11 anos de idade, diagnosticada com melanoma em região periodontal de dentes pré-molares esquerdos, após biopsia excisional. A paciente apresentou recidiva da neoplasia 15 dias após a biópsia, com crescimento acelerado, além de evidência de acometimento ósseo em radiografias de crânio, sendo submetida à hemimandibulectomia esquerda e linfadenectomia mandibular. Após o tratamento cirúrgico, o animal foi encaminhado para a quimioterapia e radioterapia. O exame histopatológico evidenciou melanoma com infiltração e lise óssea e, proliferação neoplásica acentuada em linfonodo mandibular. Exame tomográfico pré-radioterapia evidenciou acometimento infiltrativo reativo de linfonodo retrofaríngeo medial esquerdo, com 1,6 cm, espessura e contornos abaulados e irregulares, realce heterogêneo ao meio de contraste. A paciente foi submetida à radioterapia com seis frações, uma vez por semana. Durante o tratamento, apresentou mucosite jugal e alopecia. Após a segunda fração de radioterapia, a paciente foi submetida à tratamento quimioterápico com carboplatina a cada 21 dias, por 5 semanas. Melanomas orais respondem a radioterapias hipofracionadas em seres humanos e cães, sendo indicada para casos os quais a cirurgia não é possível, ou quando a ressecção cirúrgica é incompleta associada ou não a presença de metástases em linfonodos regionais, sem evidências de metástases distantes. A combinação entre quimioterapia e radioterapia melhoram a média de sobrevida dos pacientes. A paciente apresenta-se sem indícios de recidiva tumoral após um ano e meio de tratamento. Sendo assim, ressalta-se a importância das terapias adjuvantes associadas à excisão cirúrgica no tratamento do melanoma maligno oral em cães, visto que, além de aumentarem o tempo de sobrevida do paciente, evitam a recidiva da neoplasia.
Palavras-chave melanoma, neoplasia oral, terapias adjuvantes
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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