"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15410

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ecologia
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Keminy Ribett Bautz
Orientador SIMON LUKE ELLIOT
Outros membros André Rodrigues, Marcela Cristina Silva Caixeta, Nathalia Pazeto Del Puppo, Thiago Gechel Kloss
Título A importância da rainha para o sucesso da colônia de formigas cortadeiras no combate ao fungo Syncephalastrum
Resumo As formigas cortadeiras (gênero: Atta e Acromyrmex, Attini: Formicidae) formam um mutualismo nutricional com o fungo basidiomiceto Leucoagaricus gongylophorus (Basidiomycota: Agaricales) que crescem em jardins de fungos subterrâneos. Esta simbiose interage naturalmente com uma variedade de microrganismos antagonistas, entre eles o fungo Syncephalastrum (Mucoromycota: Mucorales). Este fungo é considerado patogênico para a cultivar fúngica das formigas cortadeiras Atta sexdens rubropilosa na ausência da rainha. Até o momento, os impactos desse fungo em colônias completas de formigas cortadeiras (ou seja, com a rainha) não são conhecidos. Além disso, foi demonstrado que a presença da rainha pode melhorar o sucesso da colônia no combate à fungos antagonistas. Assim, nossos objetivos foram avaliar os impactos do Syncephalastrum no corte de folhas, produção de lixo e peso das colônias de Acromyrmex subterraneus subterraneus na presença e ausência da rainha. Para isso, colônias com e sem rainha foram inoculadas com 4 ml de 1 × 106 esporos ml-1 de Syncephalastrum (tratamento fúngico) ou 4 ml de água de Tween (controle). O peso médio das folhas cortadas para colônias com rainha inoculadas com Syncephalastrum foi maior (1,663 ± 0,028 g dia-1) do que as colônias sem rainha nas mesmas condições (1,497 ± 0,036 g dia-1). Também foi observado que colônias com rainha não inoculadas com Syncephalastrum cortaram mais folhas (1,786 ± 0,028 g dia-1) do que colônias sem rainha nas mesmas condições (1,159 ± 0,056 g dia-1). A média do lixo produzido para colônias com rainha inoculadas com Syncephalastrum foi maior (1,151 ± 0,049 g dia-1) do que colônias sem rainha nas mesmas condições (0.936 ± 0.073 g dia-1). O padrão se repetiu para colônias com rainha não inoculadas com Syncephalastrum (1,210 ± 0,074 g dia-1) e colônias sem rainha nas mesmas condições (1,020 ± 0,072 g dia-1). Por fim, o peso médio das colônias com rainha inoculadas com Syncephalastrum foi maior (40,572 ± 0,796 g dia-1) do que colônias sem rainha nas mesmas condições (38,122 ± 0,650 g dia-1). Além disso, o peso médio das colônias com rainha foi maior quando não inoculadas com Syncephalastrum (36,545 ± 0,757 dia-1) do que colônias sem rainha nas mesmas condições (34,442 ± 1,549 dia-1). Em geral, Syncephalastrum impactou negativamente o corte de folhas, a produção de lixo e o peso das colônias, com impactos maiores em colônias na ausência da rainha. No entanto, não comprometeu a sobrevivência das mesmas. Mais importante, mostramos que as colônias com rainha foram menos impactadas pelo Syncephalastrum, o que implica que a rainha pode melhorar o sucesso da colônia no combate aos impactos negativos de fungos antagonistas. Para concluir, nosso estudo fornece conhecimentos sobre a importancia de cada integrante da colônia, em particular sobre a presença da rainha em ensaios de impactos de microrganismos antagonistas em colônias de formigas cortadeiras.
Palavras-chave Formigas cortadeiras, rainha, fungos antagonistas
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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