Resumo |
INTRODUÇÂO: O serviço de Telessaúde compreende-se ao uso das tecnologias da informação e comunicação para oferecer assistência à saúde à distância para determinada população. A implementação do Telessaúde na pandemia do COVID 19, objetiva reduzir a circulação de pessoas, a disseminação do vírus, a sobrecarga dos serviços de saúde e os gastos com equipamentos de proteção individual. Esse trabalho, além de contribuir para a assistência em saúde dos usuários, é um potencial campo de prática para estudante dos cursos da saúde no que tange o contato multiprofissional. Vale ressalvar que, predominantemente, a formação de enfermagem e medicina sobrevém de forma separada sem que haja, no decorrer do curso, contato entre as profissões no compartilhamento da assistência dentro de cada exercício profissional. OBJETIVO: Relatar a experiência do contato multiprofissional entre discentes de enfermagem e medicina da Universidade Federal de Viçosa na assistência ao manejo da COVID19 através do atendimento do telessaúde. DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS AÇÕES: O telessaúde foi composto por 20 estagiários, sendo 10 estudantes de enfermagem e 10 estudantes de medicina, profissionais do NASF- Núcleo Ampliado de Saúde da Família, e 2 preceptores e profissionais de saúde, enfermeiro e medico, durante o período de março de 2020 a junho de 2021. A atribuições dos estagiários consistiam em: realizaram consulta por telefone à população com diagnostico de COVID19, sintomatologia sugestiva e/ou contato próximo ou domiciliar com caso confirmado da COVID; fazer o telemonitoramento por 10 dias do inicio dos sintomas ou 14 dias dos indivíduos assintomáticos e contatos domiciliares assintomáticos; registrar nos prontuários e nas planilhas de atendimentos a evolução dos pacientes monitorados, agendar testes e realizar encaminhamentos para atendimento presencial quando necessário. Todas essas condutas com a supervisão dos preceptores e profissionais de saúde da equipe. RESULTADOS: A experiência multiprofissional do estágio no telessaúde possibilitou o fortalecimento da troca de saberes entre os discentes e preceptores, uma vez que puderam trabalhar em conjunto para realizarem uma assistência singular e integral aos pacientes atendidos. Além disso, desenvolveram o respeito, companheirismo e parceria entre eles durante a rotina do serviço, o que contribuiu para o seu melhor funcionamento. Ademais, esse campo de atuação, além de modificar a ótica dos estudantes sobre o trabalho multiprofissional, também possibilitou apurar do raciocínio clínico, a escuta qualificada e o olhar ampliado sobre a saúde dos indivíduos. CONCLUSÕES: Mediante a experiência, acredita-se ser fundamental oportunizar aos discentes dos cursos da saúde o contato com o trabalho multiprofissional, pois possibilita o desenvolvimento de profissionais capazes de praticar o trabalho em equipe, o que garante melhor qualidade na assistência e uma relação respeitosa com a atuação dos demais membros da equipe de saúde. |