"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15381

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Veronica Rodrigues Castro
Orientador ANDREA PACHECO BATISTA BORGES
Outros membros ALAN PONTES POLVERINI, ANA CAROLINA DE SOUZA MATEUS, ISABELA PORTO VELOSO, TATIANA SCHMITZ DUARTE
Título Glaucoma secundário a erliquiose canina.
Resumo O glaucoma é uma afecção ocular que se desenvolve em consequência de uma anormalidade ou obstrução do ângulo de drenagem do humor aquoso, elevando assim a pressão intraocular (PIO). No glaucoma primário a pressão intraocular se eleva devido a uma anormalidade hereditária do ângulo iridocorneano. O glaucoma secundário corresponde ao aumento da pressão ocular em consequência de uma doença preexistente formadora de barreira física que afeta a drenagem de humor aquoso, como neoplasias, uveíte e trauma. Objetiva-se relatar o caso de uma canina, fêmea, sem raça definida de 10 anos de idade atendida no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Viçosa com histórico de irritação, prurido e vermelhidão ocular, além de hiporexia e apatia. Ao exame físico observaram-se mucosas hipocoradas, linfonodo submandibular direito megálico e petéquias em região abdominal ventral. O olho direito apresentava buftalmia, hiposfagma, vasos episclerais congestos, ausência de resposta à ameaça, PIO de 51 mmHg e úlcera de córnea superficial e extensa. O exame ultrassonográfico ocular evidenciou descolamento de retina, opacidade do cristalino e espessamento de corpo ciliar (indicativo de uveíte). Desta forma, os exames oftálmicos indicaram glaucoma secundário a uveíte. Os exames laboratoriais acusaram anemia normocítica hipocrômica, desvio à esquerda de 8%, linfocitose, trombocitopenia e hiperglobulinemia. Como os achados clínicos e laboratoriais sugeriram hemoparasitose, realizou-se sorologia para erliquiose/babesiose, sendo o resultado positivo para erliquiose e negativo para babesiose. Contudo, mesmo antes do resultado sorológico, instituiu-se tratamento com dipropionato de imidocarb e doxiciclina por 28 dias. Para as alterações oftálmicas prescreveu-se colírio de tobramicina, trometamol cetorolaco, latanoprosta, dorzolamida 2%, além de meloxicam e dipirona por via oral. Recomendou-se ainda o uso de colar elizabetano. Após quatorze dias de tratamento evidenciou-se redução da PIO para 24 mmHg, valor este que se enquadra dentro da normalidade, e remissão da úlcera de córnea. A manifestação oftálmica comumente associada à erliquiose é a uveíte, a qual se desenvolve em consequência da vasculite e hemorragia ocular. O glaucoma secundário está relacionado a casos de uveíte crônica, que pode culminar no acúmulo de debris celulares no ângulo iridocorneano favorecendo a retenção de humor aquoso e promovendo o aumento da pressão intraocular. Para o tratamento do glaucoma secundário à erliquiose é importante o emprego de medicamentos que reduzam a PIO e a inflamação intraocular, além do combate à hemoparasitose. Deste modo, o tratamento instituído neste caso demonstrou-se eficaz para a remissão do glaucoma secundário a erliquiose.
Palavras-chave Uveíte, glaucoma, erliquiose canina.
Forma de apresentação..... Painel
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