"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15379

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq
Primeiro autor Kaíque Ferreira de Macedo
Orientador RENATO NEVES FEIO
Outros membros Clodoaldo Lopes de Assis
Título Répteis do PARNA Cavernas do Peruaçu e da APA Rio Pandeiros, áreas de Cerrado no norte de Minas Gerais
Resumo São conhecidas 11.050 espécies de répteis no mundo. O Brasil é um dos países que possui a maior diversidade desse grupo de fauna, onde são conhecidas 795 espécies. Conhecer essa diversidade é essencial para a compreensão do seu estado de conservação, pois muitas espécies são consideradas indicadoras da qualidade do ambiente. O Cerrado é considerado um hotspot para a conservação da biodiversidade, tendo estimada uma riqueza de 160.000 espécies de animais, plantas e fungos, com grande grau de endemismo. Este bioma, cobre grande parte do estado de Minas Gerais, com áreas ainda intactas. No entanto, a biodiversidade do Cerrado vem sendo ameaçada pela agricultura, pastagem e urbanização, todos responsáveis pela redução e modificação de áreas originais de sua vegetação, sendo importante a realização de trabalhos sobre sua fauna. Com isso, o presente estudo fornece dados sobre os reptéis da APA do Rio Pandeiros e do PARNA Cavernas do Peruaçu, duas Unidades de Conservação (UC’s) do Cerrado no Norte de Minas Gerais. Elas abrangem os municípios de Januária, Bonito de Minas, Cônego Marinho, Itacarambi e São João das Missões, e somam mais de 452.000 hectares. Essas duas UC’s possuem sua vegetação composta em grande parte por savana com áreas de campo rupestre, além de floresta decidual e semidecidual, englobando a bacia hidrográfica do médio São Francisco. Entre 2003 e 2008 equipes do Museu de Zoologia João Moojen da Universidade Federal de Viçosa-MG (MZUFV), realizaram expedições nessas regiões para um inventário da herpetofauna. Todos os espécimes coletados foram depositados na Coleção Herpetológica do MZUFV. Nós analisamos esse material e encontramos 57 espécimes de 15 espécies de lagartos e 22 espécimes de 15 espécies de serpentes em Bonito de Minas e Januária. Entre os lagartos a família mais representativa foi Gymnophthalmidae (4 spp.), Teiidae e Scincidae (3 spp. cada). Essa riqueza de lagartos é intermediária, pois o esperado para o Cerrado está entre 13 a 28 espécies. Além disso, ampliamos a distribuição de Ecpleopus gaudichaudii. Esse lagarto é típico da Mata Atlântica, ocorrendo na porção leste de Santa Catarina até o sul da Bahia, e o nosso registro passa a ser o ponto mais continental de ocorrência da espécie. Entre as serpentes a família mais representativa foi Dipsadidae (11 spp.), seguida por Colubridae (2 spp.). Aumentamos também a distribuição da Erythrolamprus typhlus elaeoides. Até então essa subespécie de serpente tinha registros para o Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, sendo este o primeiro registro para Minas Gerais. Nossos resultados mostram o desconhecimento da fauna de lagartos e serpentes do cerrado mineiro, principalmente em suas rara áreas preservadas, e a importância dessa região para a conservação desse grupo.
Palavras-chave Serpentes, Lagartos, Brasil
Forma de apresentação..... Painel
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