Resumo |
Introdução: O câncer cervical é a principal causa de morte por câncer entre mulheres em países em desenvolvimento. Atualmente, é considerado um problema de saúde pública, o segundo tipo mais comum entre as mulheres, e há diferenças nas regiões do Brasil. Eles podem ser facilmente identificados pelo exame de Papanicolau encontrado no sistema público de saúde. Se detectados precocemente, os casos de câncer do colo do útero podem ser quase sempre curados e a mortalidade evitada. Objetivo: conhecer a mortalidade pelo câncer de colo do útero no Brasil, por faixa etária, no período de 2015 a 2019. Métodos: Estudo de série histórica com dados secundários colhidos no Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde/Datasus. Dados relacionados ao número de óbitos ocorridos no Brasil por câncer do colo do útero, no período de 2015 a 2019 foram colhidos no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). A frequência simples e absoluta foi utilizada para descrever a ocorrência dos óbitos por faixa etária. Resultados: O total de óbitos por câncer de colo do útero foi 31.081. Desses, 2 (0,006%) ocorreram na faixa etária de 10 a 14 anos, 15 (0,04%) na idade de 15 a 19 anos, 851 (2,73%) na idade de 20 a 29 anos, 4105 (13,20%) na idade de 30 a 39 anos, 6075 (19,54%) na idade de 40 a 49 anos, 6779 (21,81%) na idade de 50 a 59 anos, 5968 (19,20%) na idade de 60 a 69, 4365 (14,04%) na idade de 70 a 79 e 2919 (9,39%) na faixa etária de 80 anos ou mais. A maior mortalidade por CA de colo de útero foi evidenciada na faixa etária de 40 a 49 anos. No entanto, na faixa etária de 30 a 59 anos concentra-se mais de 60% dos óbitos por essa causa. Conclusão: De forma geral, o que se observa é que as mortes causadas pelo câncer de colo de útero, se devem em grande parte à falta de acesso à informação e serviços de saúde de qualidade, o que faz com que o rastreamento não seja realizado de forma efetiva. A prevenção é a forma mais eficiente para combater o câncer de colo de útero e pode ser realizada através de políticas públicas e educação em saúde destinadas à conscientização da população sobre a importância do comparecimento às consultas, assim como a vacinação antes do início da vida sexual. |