"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15347

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Enfermagem
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Rosana da Silva Pereira Paiva
Orientador PEDRO PAULO DO PRADO JUNIOR
Outros membros Patrícia Colli Francisco
Título Violência Obstétrica no Brasil: Análise histórica
Resumo Introdução: De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) milhares de mulheres em toda parte do mundo já experienciaram algum tipo de violência durante o período entre o pré-parto, parto e o pós-parto. A violência obstétrica (VO) é uma expressão para nomear diversas formas de violência (física, psíquica e sexual) contra a mulher durante o cuidado obstétrico profissional. No Brasil, apesar da VO ser uma temática recente no campo de estudo, ela pode ser identificada em diferentes momentos históricos. Objetivo: Refletir sobre a história da violência obstétrica no Brasil. Material e método: Trata-se de uma revisão de literatura, através de artigos relacionados à VO no Brasil selecionados nas bases de dados, PubMed, Scielo e LILACs, por meio dos seguintes descritores: Violência obstétrica, história, Brasil e parto. Foram encontradas 20 publicações e após apreciação dos resumos e leitura minuciosa das publicações foram excluídos os artigos que não se enquadraram ao objetivo proposto e publicações classificadas como editoriais, resenhas e entrevistas. A inclusão dos artigos enquadrou-se nos seguintes critérios: textos completos que tratavam da evolução do parto no Brasil, idioma Português e ano de publicação entre 2017 a 2021, obtendo-se então, seis artigos científicos como amostra do estudo. Resultados e discussão: Após análise dos artigos foi possível observar que no Brasil o cuidado intersubjetivo e integral à gestante tem sido substituído aos longos dos anos por tecnologias complexas sob a perspectiva de que a gestação não é mais entendida como um evento fisiológico da vida, mas requer o controle excessivo por parte dos profissionais. Apontam ainda que as práticas difundidas pelos manuais de obstetrícia ainda têm contribuído para que algumas intervenções se tornem procedimentos de rotina, como: cesáreas desnecessárias, toque vaginal, jejum, administração de ocitócitos, episiotomia, manobra de Kristeller, fórceps e posição decúbito dorsal. E mesmo diante de todos os esforços dos movimentos sociais e das políticas públicas dispensadas no campo da saúde materna e neonatal (Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM), Rede pela humanização do parto e do nascimento (ReHuNa); Programa de humanização no Pré-Natal e nascimento (PHPN), a VO ainda tem sido uma prática comum no Sistema de Saúde Brasileiro. Conclusões: O estudo permitiu reconhecer que a prática da VO no Brasil perpassa aspectos históricos da assistência ao parto e perfaz um problema de saúde pública, onde a negligência, a discriminação e o desrespeito praticado por profissionais de saúde naturalizam a VO. O fortalecimento de práticas baseadas em evidências científicas, a mobilização dos profissionais e da sociedade civil por meio de políticas públicas se tornam intervenções fundamentais para se trabalhar a prevenção e a diminuição da violência praticada contra mulheres no exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos.
Palavras-chave Violência obstétrica, história, Brasil
Forma de apresentação..... Painel
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