"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15342

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Letras
Setor Departamento de Letras
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Nathália Cardoso Gomes
Orientador GERSON LUIZ ROANI
Título Autoficção em A Gorda de Isabela Figueiredo
Resumo Publicado pela primeira vez em 2016, o romance A Gorda da autora e jornalista Isabela Figueiredo tem sido tema de estudos dada a sua potencialidade literária. Tendo como enredo a vida da jovem retornada – nome dado àqueles que voltaram a Portugal após os movimentos de independência nas colônias portuguesas na África – Maria Luísa, o romance acompanha a saída da jovem de Maputo em Moçambique, ainda criança, sua chegada em Portugal e a sua vida adulta neste, com ênfase nas relações interpessoais. No romance, a vida da protagonista Maria Luísa confunde-se com a vida da autora, Isabela Figueiredo, fazendo com que a linha que separa o real e o ficcional fique difusa. Pretendemos, portanto, estudar o conceito Autoficção e como ele configura-se no romance. Sendo assim, em um primeiro momento iremos discutir a criação do termo pelo professor Serge Doubrovsky, em 1977 no prefácio de seu livro Fils. O termo autoficção, em sua primeira definição, é interpretado como uma ficção de fatos, ou seja, através do trabalho literário, o autor, o narrador e o personagem principal, compartilham o nome (A=N=P) e contam, em primeira pessoa, sua própria vida, baseados em um pacto de verdade. O termo, entretanto, tem sido tema de discussões teóricas, podendo ser entendido de diferentes formas, como, por exemplo, o entende o estudioso Vincent Colonna em seu artigo Tipologia da autoficção (2014): uma ficção do “eu”, sendo este “eu” podendo ser ficcional ou não. Este será o centro de nossas discussões em um segundo momento. Em seguida, falaremos da possibilidade de pensarmos a autoficção através de suas relações com o autor implícito, termo criado por Wayne Booth e discutido em seu clássico livro Rhetoric of fiction (1983). Depois, apresentaremos como entendemos a autoficção como um simulacro, apoiando-nos em Roland Barthes e seu livro A câmara clara (2018) e A precessão dos simulacros (1991), de Jean Baudrillard. Por fim, iremos demonstrar como o termo autoficção como o entendemos – uma ficção de uma simulação de si – está configurado no romance A Gorda.
Palavras-chave Autoficção, Literatura portuguesa, A Gorda.
Forma de apresentação..... Vídeo
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