"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15335

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Educação física
Setor Departamento de Educação Física
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, FUNARBE, Outros
Primeiro autor VICTOR REIS MACHADO
Orientador ISRAEL TEOLDO DA COSTA
Outros membros Felippe da Silva Leite Cardoso
Título A relação entre a data de nascimento, a taxa demográfica e o índice de desenvolvimento humano nos processos de identificação e desenvolvimento de talento em jogadoras profissionais de futebol do Brasil
Resumo Os processos de identificação e seleção de talento no futebol podem ser influenciados por variáveis individuais e ambientais. As ambientais têm relação com o ambiente no qual os atletas nasceram e foram criados, e dentre elas, temos a taxa demográfica (TD) e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da cidade dos atletas. A importância deste tipo de variável tem relação com a quantidade e a qualidade de oportunidades que estes jovens poderão ou não ter acesso a depender do contexto que estão inseridos. Já as individuais dizem respeito a aspectos singulares de cada pessoa, como por exemplo a data de nascimento (DN) dos jogadores. Esta variável específica tem relação com um fenômeno denominado Efeito da Idade Relativa (EIR). Este efeito diz respeito a supostas vantagens em prol dos atletas nascidos nos meses iniciais do ano competitivo, e podem ter relação com: a maturação biológica, um maior tempo de prática e uma melhor autoconfiança em relação aos atletas cronologicamente mais novos. A literatura tem apontado que jogadores nascidos no primeiro semestre do ano em cidades com até 100.000 habitantes e com um IDH acima de 0.501 tem maiores chances de atingir o mais alto nível profissional do futebol masculino nacional. Porém, no contexto do futebol feminino brasileiro poucos são os estudos que visam entender a relação destas variáveis de forma integrativa. Portanto, o objetivo do presente estudo é analisar o impacto da DN, TD e IDH nos processos de identificação e seleção de jogadoras de futebol profissionais do Brasil. A amostra deste estudo foi composta por 876 jogadoras que atuaram na série A1 do futebol feminino no Brasil entre os anos de 2003 e 2020. Os dados referentes à data de nascimento foram coletados de três diferentes sites e comparados para verificação da sua veracidade. Posteriormente, estes dados foram separados em quartis pelo ano. Os dados referentes ao IDH e a TD das cidades de nascimento foram coletados através dos sites do PNUD e do IBGE. Os dados de IDH foram divididos em tercis e os dados da TD foram divididos em 17 intervalos populacionais. O censo utilizado como referência para obtenção destes dados foi do ano de 2002. A estatística descritiva dos dados foi realizada, bem como o teste Qui-quadrado para verificar as diferentes distribuições das jogadoras entre os intervalos populacionais, os quartis de nascimento e os tercis do IDH. Os resultados indicaram que não houve o EIR nesta amostra, e que a maioria das jogadoras que atuou na série A1 do Campeonato Brasileiro Feminino de Futebol entre os anos de 2003 e 2020 vieram de cidades com menos de 100.000 habitantes e IDH acima de 0.701. Além disto, quase 60% das jogadoras nasceram na região sudeste do país, sendo que 39,5% delas nasceu no estado de São Paulo. Estes resultados sugerem que no contexto do futebol feminino nacional, as variáveis ambientais são mais preponderantes que as individuais para que as jogadoras atinjam o mais alto nível profissional da modalidade.
Palavras-chave Futebol feminino, identificação e seleção de talento, IDH.
Forma de apresentação..... Painel
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