"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15325

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Shauanne Dias Pancieri
Orientador ANGELO PALLINI FILHO
Outros membros Júlia Jantsch Ferla, Madelaine Venzon
Título Plantas consorciadas servem como reservatório de ácaros predadores na cultura do café
Resumo O controle biológico conservativo pode ser uma alternativa às práticas convencionais de controle de pragas nas lavouras. Neste sistema, o controle de pragas pode ser realizado integrando-se uma variedade de estratégias utilizando-se dos serviços ecológicos da biodiversidade local. O objetivo do trabalho foi verificar se a comunidade de ácaros predadores e fitófagos do cafeeiro (Coffea arabica L.) modifica-se ao longo de um gradiente de distância de plantas consorciadas selecionadas (PCS) que provêm pólen e néctar ao agroecossistema. Avaliou-se também a composição destes ácaros. O estudo foi conduzido no município de Patrocínio, MG. Foram realizadas 5 coletas de junho/2020 a fevereiro/2021. Quatro plantas foram amostradas, a cada 3,5 metros em uma linha de café, em um transecto de 14m de distância de cada PCS: Inga edulis (Mart.), Senna macranthera (DC. ex Collad.) (H.S. Irwin & Barneby) e Varronia curassavica (Jarq.). Foram coletadas folhas dos ramos do terço médio de plantas de café e das PCS. Todos os ácaros foram montados em lâminas em meio Hoyer e os predadores e fitófagos foram identificados com o auxílio de um microscópio óptico com contraste de fases e chaves dicotômicas. As análises estatísticas foram realizadas no programa R. Ao todo, foram coletados 8259 espécimes pertencentes a 9 famílias e 28 espécies. Destas 28 espécies, 16 são predadores (2 Iolinidae, 12 Phytoseiidae e 2 Stigmaeidae) e 12 fitofágos (4 Eriophyidae, 1 Diptilomiopidae, 1 Tarsonemidae, 1 Tenuipalpidae e 5 Tetranychidae). Tenuipalpidae foi a família mais abundante no cafeeiro com apenas 1 espécie, seguida por Tetranychidae com 2 espécies e Phytoseiidae com 4 espécies. Não foi encontrada variação na composição entre as comunidades de ácaros ao longo da distância em cafeeiros, porém houve variação na composição da comunidade de fitófagos e predadores nas PCS: I. edulis foi diferente de S. macranthera e V. curassavica, mas V. curassavica e S. macranthera foram semelhantes. Todos os ácaros predadores encontrados no café também foram encontrados nas PCS (exceto por uma espécie). As espécies comuns de predadores nas PCS foram Pseudopronematulus nadirae (Silva, Da-Costa & Ferla), Euseius citrifolius (Denmark & Muma), Euseius concordis (Chant), Euseius sibelius (DeLeon), Typhlodromalus aripo (DeLeon) e Agistemus floridanus (Gonzalez). Já os fitófagos encontrados foram Brevipalpus yothersi (Baker) e Atrichoproctus uncinatus (Flechtmann). Dentre as PCS, I. edulis abrigou mais espécies de predadores. Houve a ocorrência de Polyphagotarsonemus latus (Banks) apenas em V. curassavica. Apesar desta espécie ser uma praga do cafeeiro, não houve registros no café, tornando essa planta a menos propícia a ser utilizada. Pode-se concluir que as PCS atraem e abrigam ácaros predadores e fitófagos que não são pragas na cultura principal e que desta forma poderiam servir de alimento alternativo aos predadores, que por sua vez auxiliariam no controle biológico de ácaros pragas do cafeeiro.
Palavras-chave Controle biológico conservativo, Diversificação do agroecossistema, Ácaros pragas.
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