"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15324

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Illana Paula Andrade de Pinho
Orientador CARLOS MOREIRA MIQUELINO ELETO TORRES
Outros membros Hiago Luiz Andrade de Pinho, Lucas Abreu Kerkoff, Mariany Filipini de Freitas, Paulo Henrique Villanova
Título Avaliação do índice de infestação de lianas nas copas das árvores de uma Floresta Estacional Semidecidual.
Resumo As florestas tropicais possuem um papel imprescindível no armazenamento de carbono. Entretanto, algumas perturbações podem limitar substancialmente tais funções desses ecossistemas, como é o caso das lianas. As lianas são um componente florístico diverso e complexo que utiliza da estrutura de outras árvores para o seu desenvolvimento. A maior incidência de lianas nas florestas provoca intensa competição por nutrientes e luz, danos mecânicos nos galhos e fustes, aumento da mortalidade de árvores e redução na capacidade de estocar carbono. Desta forma, a análise do grau de infestação de lianas nas árvores é primordial para favorecer o crescimento da floresta como um todo. O objetivo da pesquisa foi avaliar o índice de infestação de lianas na copa das árvores de uma Floresta Estacional Semidecidual. O estudo foi desenvolvido em um fragmento de Mata Atlântica com 17 ha localizado na cidade de Viçosa, Minas Gerais. As árvores com Diâmetro à Altura do Peito (DAP) maior ou igual a 5,0 cm foram inventariadas em 10 parcelas de 20mx50m no ano de 2020. Todas as árvores contidas nas parcelas foram separadas em classes diamétricas com amplitude de 5 cm e classificadas de acordo com o índice de infestação de lianas nas copas, conforme metodologia proposta pela Rede Amazônica de Inventários Florestais (Rainfor). As classificações utilizadas foram: árvores sem a incidência de lianas (índice 0), árvores com 1-25% da copa coberta por lianas (índice 1), árvores com 25-50% da copa coberta por lianas (índice 2), árvores com 50-75% da copa coberta por lianas (índice 3) e árvores com mais de 75% da copa coberta por lianas (índice 4). A densidade de árvores encontradas no fragmento florestal foi de 1487 fustes ha-1. Desse total, 66% não apresentaram nenhuma incidência de lianas, 21% apresentaram índice 1 de infestação, 8% apresentaram índice 2 de infestação, 3% apresentaram índice 3 de infestação e 2% apresentaram índice 4 de infestação. Os fustes com os menores diâmetros (classes diamétricas de 7,5 e 12,5 cm) apresentaram maior incidência de lianas, representando cerca de 88% dos 497 fustes totais classificados com os índices de 1 a 4. Esse padrão de comportamento das lianas pode ser explicado principalmente pelo fato de que essas atingem um maior pico de abundância em florestas secundárias, como é o caso da Mata da Silvicultura. Portanto, é possível constatar que identificar um padrão de infestação das lianas é de suma importância para se entender a influência deste componente no ecossistema florestal. Estudos mais aprofundados que visem a compreensão da ação das lianas no crescimento das árvores são necessários para proposição de ações de manejo no fragmento.
Palavras-chave lianas, infestação, copa
Forma de apresentação..... Painel
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