"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15298

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ecologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Lucas Mansilha Vilela de Moraes
Orientador ROMULO RIBON
Outros membros Igor Guimarães da Conceição Fornitano, Jefferson Fernandes Junior, Kywan Lourenço Soares de Freitas Lopes, Rafael Antunes Pereira
Título Ninhos artificiais para aves aquáticas em lagos artificias na Zona da Mata de Minas Gerais.
Resumo Aves limícolas têm seus hábitats e reprodução amplamente manejados de modo extensivo, visando tanto sua preservação como seu uso sustentável. A alteração de ambientes aquáticos e variações cada vez maiores nos regimes pluviométricos em todo o país demanda o desenvolvimento de ações práticas de manejo visando a manutenção e mesmo aumento de populações de aves limícolas, cinegéticas ou não. Foram construídos e instalados trinta e quatro ninhos artificiais, em dezembro de 2020, em lagos artificiais do campus da Universidade Federal de Viçosa: açudes formados pelo represamento de córregos, com ou sem mata ciliar, tanques escavados para piscicultura e contenção de dejetos bovinos. Os ninhos foram confeccionados com caixas de madeira de pinho ou eucalipto, medindo 48x13x37 cm (comp. x alt. x larg.) utilizadas para transporte de frutas e hortaliças. Sob cada ninho foram afixadas quatro garrafas de polietileno e tereftalato (PET) de 2 litros, utilizadas como bóias, presas à estrutura de madeira com arame galvanizado de 0.89 mm de diâmetro. Cada ninho teve uma âncora de garrafa PET de 3 litros enchida com areia e presa a porção central do ninho através de arame galvanizado de 1,2 mm de diâmetro e comprimento variável em função da profundidade do local de instalação. Os ninhos contaram com cobertura e camuflagem de capim braquiária e outras espécies herbáceas encontradas no local de sua instalação e foram colocados rentes a água, a dois m da margem e na porção central dos lagos. O número de ninhos em cada corpo d’água variou de dois a quatro levando-se em consideração a extensão do corpo d’água. Após instalados com auxílio de um barco de alumínio os ninhos foram monitorados a cada 10 dias, de 6:00-12:00 h, para checagem da estrutura, camuflagem e de indícios de nidificação por aves. Quando necessária, era feita a manutenção/renovação da estrutura e-ou cobertura de capim. Em fevereiro de 2021 encontrou-se um ninho de Fluvicola nengeta afixado à estrutura de um dos ninhos artificiais. Foram observadas diversas espécies utilizando os ninhos como ponto de pouso, como Butorides striata, Gallinula chloropus, Pilherodius pileatus e Pitangus sulphuratus. Amazonetta brasiliensis foi vista em quase todos os monitoramentos, repousando sobre os ninhos e limpando as penas, observadas geralmente aos casais. Em julho de 2021 encontraram-se cascas de 1-2 ovos “grandes”, de espécie desconhecida, em um dos ninhos, e a cobertura revirada, um possível indício de nidificação e/ou predação. A utilização dos ninhos como ponto de repouso é um sinal positivo de que a estrutura está se camuflando bem ao habitat e pode ser atrativa para a reprodução de algumas espécies. O fato dos ninhos terem sido instalados em meados da estação reprodutiva pode ter prejudicado seu uso por algumas espécies, prevendo-se para 2021 sua manutenção nos mesmos locais desde o início da estação reprodutiva na região para se ter uma melhor avaliação sobre sua eficácia para a reprodução de aves aquáticas.
Palavras-chave Manejo reprodutivo, Ninhos artificiais, Aves aquáticas
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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