Resumo |
O presente trabalho busca analisar as experiências vivenciadas no programa Residência Pedagógica, abordando temas que na visão do autor sobressaem em meio ao contexto no qual o mundo se encontra. O relato de experiência busca trazer as reflexões do residente, tendo uma vivência como tema central de discussão. A pandemia altera o cotidiano dos indivíduos, o isolamento social, enquanto meio de prevenção, acaba tornando-se algo marcante nas estruturas sociais, logo, a educação foi afetada, um setor da sociedade que deve ser analisado como reflexo da mesma. Dada as circunstâncias, o ensino remoto surgiu como forma de lidar com esse distanciamento forçado, visando prosseguir com o ano letivo em meio ao problemas enfrentados, o uso de tecnologias foi a saída encontrada pelas autoridades, com isso, nesse relato de experiência é feita uma reflexão sobre a atuação dos sujeitos escolares na pandemia, uma vez que, as formas de aprender e ensinar mudaram de forma abrupta, exigindo uma série de novas ferramentas e saberes. A partir disso, é possível refletir sobre a importância do espaço escolar no processo de ensino-aprendizagem, compreendendo o mesmo como local de interações pessoais e fornecedor de estruturas físicas fundamentais para o profissional da educação (sala de aula, quadro, carteira etc.). Dessa forma, entendendo a experiência como algo individual, que está intimamente ligado à vivência, diferente da informação que é transmitida e não experimentada, o autor relata sua experiência enquanto residente no ensino a distância, trazendo para a reflexão as vivências no espaço escolar que antecedem esta como forma de distingui-las na formação do licenciando. Para facilitar a abordagem acerca da experiência, o autor utiliza a gravação de vídeo-aulas, com foco no primeiro trabalho, uma vivência nova que requer os desenvolvimento de novas práticas educacionais e saberes e, no caso do ensino da Geografia, um desafio em trabalhar o cotidiano dos alunos e as multiescalaridades, pois a vídeo-aula acaba tornando-se um exercício solitário, uma produção para os alunos, mas que, devido a assincronicidade, não permite a participação dos discentes ativamente, algo sempre presente no espaço escolar que permite a proximidade dos sujeitos e oferece a estrutura necessária, por mais que muitas vezes precária, para o desenvolvimento de atividades. |