"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15285

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa PIBEX
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro UFV
Primeiro autor Victor Hugo Rabelo de Carvalho
Orientador ANDREA PACHECO BATISTA BORGES
Outros membros Felipe Lopes da Silva, Rafael Colman Cardoso
Título A necessidade da inserção da Medicina Veterinária na Saúde Única (One Health)
Resumo A discussão sobre saúde pública vem ganhando cada vez mais espaço no cenário brasileiro. Com a pandemia de COVID-19, a possibilidade de a doença ter sido veiculada pelo consumo de produtos de origem animal não inspecionados intensificou esta discussão. Objetiva-se entender sobre o impacto das zoonoses como causadoras de epidemias e como a Medicina Veterinária ocupa um papel crucial no controle dessas. As zoonoses são doenças infecciosas transmitidas dos animais não-humanos para os humanos, sendo esse conceito amplamente discutido dentro da profissão. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), existem no Brasil cerca de 30 milhões de animais entre cães e gatos que estão em situação de abandono. Para além da problemática da promoção do bem-estar, trata-se de um dado alarmante, uma vez que cães e gatos são hospedeiros ou vetores de uma infinidade de doenças com potencial zoonótico. Estima-se que 75% de doenças emergentes ou re-emergentes nos tempos atuais provém de animais não-humanos e foram transmitidas aos seres humanos, a exemplo do sarampo, da caxumba, da malária, da zika, do HIV, da febre hemorrágica por Ebola, da gripe A H1N1 e recentemente a COVID-19. Além de todas serem enfermidades causadas por vírus, outro denominador comum é o fato de que em algum momento no ciclo de transmissão, há a presença de um animal não-humano, seja ele doméstico ou silvestre. É muito discutido também o quanto o desmatamento e o agravamento do efeito estufa auxiliam no surgimento de novas epidemias, forçando os animais que estão perdendo seus habitats a procurar novos lugares e assim, direta ou indiretamente, compartilhando espaço com seres humanos. A Medicina Veterinária torna-se crucial no combate a estas epidemias por compreender a relação entre animais e seres humanos, os meios de transmissão das doenças, atuando diretamente com os animais, e auxiliando no desenvolvimento científico de tratamentos e de imunizantes, com grande representatividade no controle ou erradicação de doenças. Essas ações integram o conceito de Saúde Única, que trata como indissociável as saúdes humana, animal e ambiental, e vem sendo amplamente discutida. O papel de cada profissional da saúde é indispensável para a manutenção desse ciclo, e por isso em 2011 o Ministério da Saúde incluiu a Medicina Veterinária como atuante na Atenção Primária à Saúde. A valorização da profissão é inquestionável e, nos dias atuais, reconhecer a importância da Medicina Veterinária para a saúde humana contribuirá diretamente no desenvolvimento do país, não somente em cenários epidêmicos.
Palavras-chave saúde unificada, atenção primária, zoonoses.
Forma de apresentação..... Painel
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