"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15278

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ecologia
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Maria Raquel Varino Sá Gomes
Orientador RICARDO ILDEFONSO DE CAMPOS
Outros membros Bianca do Vale Martins Paiva, Kemilli Pio Gregório, Liara de Azevedo Cassiano, Victor de Paula Scutari
Título Agregação espacial de girinos como forma de defesa contra predação
Resumo A predação pode ser definida como o consumo de um organismo (presa) por outro organismo (predador) em que a presa está viva quando o predador ataca. Ao longo da história evolutiva, o risco de um animal ser predado por outro e consequentemente não deixar descendentes configurou-se como uma importante força seletiva. Isso explicaria o surgimento de uma grande diversidade de estratégias defensivas anti predação observadas em várias espécies atuais. Tais estratégias vão desde adaptações morfofisiológicas a até marcantes mudanças comportamentais sempre com o objetivo de escape da predação. Um bom exemplo disso é a agregação espacial de organismos, técnicas de proteção observadas em populações de girinos. Assim, sabendo que girinos são um ótimo objeto de estudo para comportamento de escape da predação, o objetivo do presente estudo foi responder a pergunta: “por que os girinos se agregam espacialmente?”. Para responder essa pergunta, foram realizadas coletas de grupos de girinos na lagoa da Reserva Florestal Mata do Paraíso situado no município de Viçosa, Minas Gerais. Estas coletas foram realizadas com o auxílio de uma peneira e os grupos foram distribuídos em caixas organizadoras que apresentavam 15 Litros de água da própria lagoa. Após a coleta e contagem de 10 grupos de girinos, foi determinada uma média de 550 indivíduos por grupo. Esse valor foi utilizado nos tratamentos considerados “grupos naturais” (controle), enquanto para os outros tratamentos consideramos o valor de 5% dessa média (25 indivíduos) e denominamos esses como “grupos reduzidos” (tratamento). Como predadores, utilizamos baratas d’água da espécie Lethocerus insulanus (Hemiptera: Belostomatidae) do Laboratório de Fisiologia e Neurobiologia de Insetos da UFV. Para manter a aleatoriedade, os grupos eram numerados e sorteados para alocação nas caixas organizadoras, assim como as baratas. Foram realizadas quatro repetições de cada tratamento (natural e reduzido) por dia durante quatro dias, onde em cada repetição era solta uma barata d’água por caixa, com exceção dos dois últimos dias que ficaram reduzidos a três repetições, devido à morte de duas baratas. Ao final do estudo, totalizou-se 14 repetições por tratamento e 28 observações. As baratas d’água capturaram 13 girinos, sendo nove capturas no Controle e três no Tratamento. O tamanho do grupo influenciou positivamente o número de ataques e além disso, houve efeito significativo relacionado a identidade das baratas (p=0.005) e dos horários de realização do experimento (p=0.036). Apesar do número de capturas ter sido três vezes maior no grupo controle (com 550 indivíduos), a chance de sobrevivência de cada indivíduo é menor no grupo de tratamento (25 indivíduos). Isso ocorre, pois o grupo com menor agregação (tratamento) é 20 vezes menor que o grupo controle. Esse experimento, apesar de bem simplificado, demonstra que o comportamento de agregação aumenta a chance de escape de predação individual em girinos.
Palavras-chave Sobrevivência, ecologia, Cripsia
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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