Resumo |
O Brasil possui grande relevância na cafeicultura, sendo o maior produtor e exportador, com grande destaque para o estado de Minas Gerais. Devido a essa grande importância, tem-se investido muito em pesquisas visando o desenvolvimento de novas tecnologias, destacando-se o lançamento de novas cultivares. Por serem mais produtivas e com características peculiares é necessário avaliá-las nas diferentes regiões produtoras de café. Com isso, o objetivo desse trabalho foi avaliar diferentes cultivares de café arábica quanto as características de severidade de doenças e pragas e produtividade na Zona da Mata Mineira. O experimento foi instalado no Campo Experimental Vale do Piranga da EPAMIG, Oratórios, MG, em delineamento de blocos ao acaso com 21 cultivares de café arábica e três repetições. As parcelas foram constituídas de 7 plantas, com espaçamento de 0,7 x 3,6m, entre plantas e fileiras, respectivamente. Foram avaliadas na safra 2021 as seguintes características: severidade de ferrugem (Hemilea vastatrix), com notas de 1 a 5; severidade de cercosporiose (Cercospora caffeicola), com notas de 1 a 5; intensidade de seca de ponteiro, com notas de 1 a 4; severidade do ataque de bicho-mineiro (Leucoptera cofeella), com notas de 1 a 5; vigor vegetativo, com notas de 1 a 10 e produtividade, estimada a partir da produção medida em litros e convertida em sacas de 60 kg de café beneficiado.ha-1(scs.ha-1). Os dados foram submetidos a análise de variância e as médias agrupadas pelo teste Scott-Knott a 5 % de probabilidade. Para as características vigor vegetativo, severidades de cercosporiose e do ataque do bicho-mineiro não houve diferenças significativas entre as cultivares, que apresentaram médias de 7,06, 2,92 e 2,42 respectivamente. Observou-se diferença significativa entre as cultivares para a severidade de ferrugem, e foram classificadas em dois grupos, onde a maioria apresentou poucas pústulas nas folhas. Em relação a intensidade da seca de ponteiro, também houve a formação de dois grupos: o primeiro, com ausência de sintomas, constituído por 71,42 % das cultivares, enquanto que o segundo, formado por 28,58 % apresentou poucos sintomas da doença. Quanto a produtividade novamente as cultivares foram classificadas em dois grupos, o mais produtivo com média de 43,22 scs.ha-1 e o de menor produtividade com média de 20,56 scs.ha-1. Com base na safra 2021, as cultivares Acauã, Tupi IAC 125 RN e Icatu Vermelho IAC 4045-47 apresentam potencial para o cultivo na Zona da Mata Mineira. Agradecimentos ao Consórcio Pesquisa Café, CNPq e a FAPEMIG pelo apoio financeiro do projeto e pelas bolsas concedidas aos autores. |