Resumo |
Regular o fotoperíodo é fator determinante para o bom desenvolvimento vegetal, pois a luz atua nos processos morfogênicos e fisiológicos das plantas. Tradicionalmente, na micropropagação de clones de Eucalyptus, o cultivo tem sido realizado sob o espectro de lâmpadas fluorescentes, entretanto, diferentes composições espectrais têm sido utilizadas. As lâmpadas LED (Light Emitting Diode) podem substituir lâmpadas fluorescentes, pois apresentam maior durabilidade e economia de energia. Como a qualidade da luz promove diversos efeitos na morfologia in vitro, objetivou-se determinar o efeito da fonte de luz em clones de E. urophylla durante a micropropagação. Tufos com aproximadamente 1,0 cm2 de área foram cultivados em tubos de ensaio (25 x 150mm) com 10 mL de meio de cultura JADS acrescidos de 0,3 mgL-1 de BAP, 0,01 mgL-1 de ANA, 0,8 gL-1 de PVP, 0,1 gL-1 de mio-inositol, 30 gL-1 de sacarose, 5,5 gL-1 de ágar. Foram utilizados três tratamentos (A, B e C): A (luz fluorescente por 60 dias); B (luz LED por 60 dias) e C (luz fluorescente por 15 dias e depois na luz LED por 45 dias). Sendo cada um composto por 40 tubos de ensaio, distribuídos em cinco repetições (constituídas por 8 tubos). As culturas foram mantidas em sala de crescimento a 25 ± 2 °C, fotoperíodo de 16 horas de luz, e fontes de luz emitidas por lâmpadas LED e fluorescente, mas com mesmo nível de irradiância, padronizada em 55 mmol m-2 s-1 (quantificada por radiômetro, LI-COR®, LI-250A Light Meter). As fontes de luz utilizadas foram: luz fluorescente, fornecida por dois tubos fluorescentes (HO Sylvania T12, 110W, São Paulo, Brasil) e LED branca fornecida por dois tubos LED (SMD 100, 18 W, Vilux, Vitória, ES, Brasil). Realizou-se duas avaliações (30 e 60 dias), com um subcultivo entre elas. Os parâmetros avaliados foram: enraizamento (%), oxidação (escalas de 0 a 1: 0- sem oxidação, 0,5- metade do tufo oxidado e 1- tufo totalmente oxidado), vigor (escala de notas de 1 a 3: 1-bom, 2-médio e 3-ruim), e tamanho do tufo (cm2). Não houve diferença significativa entre os tratamentos para enraizamento. Nas duas avaliações observou-se que o tratamento A sofreu maior oxidação. Foram observadas diferenças estatísticas entre os tratamentos somente aos 60 dias (segunda avaliação). Para a característica vigor, o tratamento A apresentou melhor resposta, com média de 1,75. Em relação ao tamanho do tufo os tratamentos A e C se diferiram estatisticamente. Sendo o tratamento C o que apresentou maior tamanho de tufo, com média de 3,4 cm². Dessa forma, observamos que permanecer na luz LED ou ter um pulso da mesma promove menor oxidação em relação a fluorescente. A luz fluorescente promove melhor vigor dos explantes quando permanecem nessa. Para obtenção de maior tamanho do tufo, ou seja, maior número de brotações, o pulso de 15 dias em luz fluorescente e 45 dias em luz LED se mostrou eficiente. |