"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15262

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Agronomia
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Guilherme Ferreira Xavier
Orientador WELLINGTON SOUTO RIBEIRO
Outros membros André Dutra da Silveira, André Luiz dos Santos Timóteo, João Victor da Silva Martins, Marcio Antonio Godoi Junior
Título Biomassa de Nopalea cochenillifera como bioadsorvente na purificação de água
Resumo O consumo de água contaminada é um dos maiores riscos à saúde humana, principalmente em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. A água é um direito universal, mas milhões de pessoas em todo o mundo consomem água superficial não tratada. No Brasil, o consumo de água contaminada é responsável por dois terços das mortes de crianças menores de cinco anos internadas em hospitais públicos. Esta situação calamitosa se concentra no polígono da seca, que engloba 1.348 municípios dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. A água de cacimbas, barreiros e cisternas, abastecidas por caminhões pipa, nas regiões semiáridas brasileiras, não passa por limpeza ou desinfecção, ficando vulneráveis a contaminação por bactérias, protozoários e metais pesados. Polímeros naturais de origem vegetal, acessíveis a todos, podem adsorver partículas contaminantes sólidas com características semelhantes aos adsorventes químicos e podem ser uma alternativa de emergência para populações sem acesso a água tratada. Esses biopolímeros devem ser biodegradáveis, de fácil acesso, de baixo custo, ser de fácil operação e não alterar o pH da água tratada. Recentemente, biopolímeros de diferentes plantas, incluindo cactáceas, foram estudados na purificação de água. Estes biopolímeros têm estruturas químicas com muitos grupos hidroxifenólicos que lhes conferem a propriedade de formar complexos com muitas macromoléculas, como proteínas, carbonos hidratados ou íons metálicos, agindo como um adsorvente. Nossa hipótese é que o uso de biomassa de Nopalea cochenillifera pode ser utilizado como um bioadsorvente. O objetivo deste estudo é avaliar a purificação da água com biomassa de N. cochenillifera var. Miúda. Fragmentos (1, 2 e 3 g) de N. cochenillifera foram adicionadas à solução aquosa contendo Luvisolo crômico e Podzólico vermelho-amarelo simulando fontes de água turvas do semiárido brasileiro. Os carboidratos totais, não estruturais (açúcares redutores e não redutores, sólidos insolúveis em álcool) e estruturais (pectina), a cinética de adsorção, turbidez, condutividade elétrica, pH, potencial zeta e presença de coliformes totais fora avaliados. A biomassa de N. cochenillifera adsorveu as partículas suspensas na solução aquosa, tornando-a mais translúcida devido à matriz de troca iônica de adsorventes complexos e heterogêneos, mas a adição de biomassa não eliminou os coliformes totais da solução aquosa. Concluímos que o tratamento da água com biomassa de N. cochenillifera reduz as partículas em suspensão e a turbidez, mas precisa ser associado a outros tratamentos para eliminar os coliformes totais e garantir a segurança da água para o consumo humano.
Palavras-chave matriz biológica de troca iônica, polieletrólitos, tratamento de água
Forma de apresentação..... Painel
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