"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15229

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Linguística
Setor Departamento de Letras
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Bárbara Pessanha Poggian
Orientador GABRIELA DA SILVA PIRES
Título Abordagem sociocognitiva das Construções de Repreensão “QUEM MANDA X?” e “QUEM MANDOU X?”: processos de (re)construção do significado
Resumo Este trabalho, desenvolvido em pesquisa de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq/ UFV-2020), tem como objetivo investigar as construções gramaticais “Quem Mandou X?” e “Quem Manda X?” enquanto Construções de Repreensão da Língua Portuguesa, além de descrever e detalhar suas estruturas e configurações gramaticais a partir de contextos reais de uso. Para fundamentar a pesquisa, foram utilizados os pressupostos teóricos de Goldberg (1995), Ferrari (2011), Martelotta & Palomanes (2017) e Pinheiro (2016), que discutem a definição de construções gramaticais na abordagem da Linguística Cognitiva como pareamentos entre forma e função. A partir de uma metodologia empírica, para a coleta dos dados a serem analisados, foram feitas buscas sistematizadas através da ferramenta de Busca Avançada do Google em três domínios com grande volume de publicações: (1) abril.com, (2) blogspot.com.br e (3) uol.com.br. Para a expressão “Quem mandou”, foram selecionadas as 70 primeiras ocorrências, totalizando 210. As ocorrências foram classificadas em: “Repreensão”, “Verificação/Pergunta” e “Afirmação”. A segunda etapa metodológica consistiu na busca pela expressão “Quem manda” seguida dos cinco verbos subsequentes “ser”, “estar”, “querer”, “dizer” e “fazer” nos mesmos domínios. Foram selecionadas as 14 primeiras ocorrências em cada verbo e site. Também foram obtidas 210 ocorrências totais. Como resultados válidos para a pesquisa, as instâncias classificadas como “Repreensão” totalizam: 49 para a construção “Quem mandou” e 83 para a construção “Quem manda”. O processo de análise dos dados envolve o levantamento dos seguintes pontos: (i) configuração sintática (pontuação utilizada); (ii) os tipos de alvo repreendidos e verbos empregados; e (iii) disposição gradativa dos tipos de repreensão, que poderiam ser: crítica velada, crítica severa, elogio ou crítica irônica. A pesquisa tem apresentado os seguintes resultados parciais: Há tendência à manutenção da pontuação de interrogação, caracterizando as construções como pseudoperguntas, como em “Quem mandou casar com velho?” (Uol.com.br). Sobre a relação Verbo/Alvo, em ambas as construções, a maior parte das repreensões é feita através de verbos de ação a um interlocutor comum, especificado ou não. Por fim, em relação à gradação das repreensões, até o momento a pesquisa aponta que a construção “Quem Mandou X” se instancia, em muitos casos, como uma interação cristalizada, como no título “Edições Quem Mandou”. Já a construção “Quem Manda X” tende a aparecer em diferentes tipos de crítica, sendo a maioria de crítica severa, como em “Quem manda fazer escolhas erradas? (Blogspot). Nossas análises têm legitimado as referidas construções como recursos linguísticos em que o usuário da língua, utilizando-se do formato de pseudoperguntas, pode, de maneira direta ou velada, repreender seu interlocutor, a partir de uma leitura holística da expressão.
Palavras-chave Quem Mandou, Quem Manda, Gramática de Construções
Forma de apresentação..... Vídeo
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