"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15227

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Agronomia
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Juliana de Vasconcelos Shimada Brotto
Orientador WELLINGTON SOUTO RIBEIRO
Outros membros André Dutra da Silveira, André Luiz dos Santos Timóteo, Marcio Antonio Godoi Junior, Marília Cecília de Souza Bittencourt
Título Efeito de déficit hídrico e ácido abscísico sobre conteúdo de prolina em pimenteira ornamental (Capsicum chinense) envasada
Resumo Condições de temperatura elevada e baixa umidade são comuns em meios de transporte inadequados durante a comercialização de plantas, o que pode ocasionar estresse hídrico. O ácido abscísico (ABA) é o hormônio responsável pela sinalização que leva ao fechamento dos estômatos e consequente redução na perda de água por evapotranspiração e outras mudanças metabólicas que contribuem para mitigar os danos causados pelo estresse. A aplicação foliar de ABA em plantas sob condições de estresse, portanto, pode promover maior eficiência no uso da água. O soluto compatível prolina tem alta sensibilidade de resposta a condições de estresse e seu acúmulo é indicador dos efeitos do estresse hídrico. Este trabalho teve como objetivo determinar o efeito do déficit hídrico e da aplicação de ABA sobre o conteúdo de prolina em pimenteiras ornamentais da cultivar biquinho (Capsicum chinense) na fase de pós-produção simulando transporte. O experimento foi instalado sob delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 x 2, sendo dois níveis de disponibilidade hídrica (irrigação até a capacidade de campo e déficit hídrico) e dois níveis de ABA (0 e 100 μM). Utilizou-se 5 repetições e cada unidade experimental foi constituída por um vaso com uma única planta. As avaliações foram realizadas antes e após a simulação do transporte, que ocorreu pelo acondicionamento das plantas em câmara B.O.D a 35 ± 2 °C e umidade relativa de 60-65%, por 20 horas. A concentração de prolina foi medida de acordo com a metodologia proposta por Bates et al. (1973) com modificações, e determinada com base em curva padrão, expressa em μmol g-1 de massa fresca. Antes da simulação do transporte, a aplicação de ABA estimulou um acúmulo 25,9% maior de prolina em plantas sob déficit hídrico do que em plantas irrigadas. Além disso, plantas com restrição hídrica tratadas com ABA apresentaram um conteúdo 42,5% maior de prolina do que nas não tratadas. Depois da simulação de transporte, dentre as plantas não tratadas com ABA, aquelas sob restrição hídrica apresentaram um teor 36,8% mais alto do que nas irrigadas. Por outro lado, o conteúdo de prolina em plantas sob deficiência hídrica que receberam ABA exógeno foi 36,6% mais baixo do que nas não tratadas com o hormônio. Aparentemente, a acumulação de prolina em plantas sob seca é mediada por vias de sinalização dependentes e independentes de ABA. Alguns autores verificaram aumentos nos níveis de prolina em plantas tratadas com ABA, como em cevada e ervilha. Entretanto, a aplicação de ABA não induziu um aumento de níveis de prolina em plantas de milho, nem em mudas de espinafre ou capim elefante. Baseado no que foi exposto, não é possível estabelecer uma relação definitiva entre a aplicação exógena de ABA e a acumulação de prolina em plantas sob restrição de água.
Palavras-chave prolina, déficit hídrico, pimenteira
Forma de apresentação..... Painel
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