"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"
5 a 7 de outubro de 2021
Trabalho 15198
| ISSN | 2237-9045 |
|---|---|
| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
| Nível | Graduação |
| Modalidade | Pesquisa |
| Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
| Área temática | Ciência política |
| Setor | Departamento de Ciências Sociais |
| Bolsa | PIBIC/CNPq |
| Conclusão de bolsa | Sim |
| Apoio financeiro | CNPq |
| Primeiro autor | Julia Evelyn Almeida Santos |
| Orientador | RAYZA SARMENTO DE SOUSA |
| Título | Internet e trajetórias feministas no Brasil |
| Resumo | O trabalho realizado busca compreender os usos da internet por mulheres jovens feministas e suas formas de ação e organização. Os campos discursivos feministas surgem pelas trocas e construções coletivas, sendo importante considerar o fator geracional para compreensão contemporânea. Através de constantes críticas, atualizações e reformulações, repensando reivindicações pautadas pelas gerações de ativistas anteriores, mas que ainda se fazem presente no contexto político atual e novas questões que surgem com debates contemporâneos, os campos feministas se reconfiguram. Foram mobilizadas teorias sobre ativismos feministas contemporâneos, bem como suas formas de atuação, organização de coletivos e atuações na internet. A pesquisa, de abordagem qualitativa, se constituiu com a coleta de perfis de coletivos feministas com páginas no Instagram, e com entrevistas semi-estruturadas com suas integrantes, sendo 30 entrevistadas de nove coletivos. O foco da análise são mulheres feministas jovens estudantes - segundo grau à graduação - com quais buscamos compreender sobre suas formas de organização enquanto coletivo, o processo de descoberta feminista e estabelecimento dentro do movimento, por fim, os usos da internet e as possibilidades que ela trás para os debates feministas. A partir da análise das entrevistas foram percebidas semelhanças quanto a motivação dessas jovens em se organizarem enquanto coletivo nas instituições de ensino, em todos os casos ligados a episódios de assédio nestes espaços. Quanto à organização coletiva nas escolas e universidades são formadas redes de apoio, favorecendo um ambiente de trocas, descobertas e acolhimento entre essas jovens que constroem uma rede de solidariedade pelo afeto e pela luta compartilhada. Na análise das descobertas enquanto feministas foi recorrentemente pontuada uma autocrítica do momento de entrada no “feminismo” e demonstram busca por uma formação mais crítica no debate dos feminismos, fortalecido pela atuação em coletividade. A entrada e permanência dessas jovens nos ativismos feministas atravessa a utilização da internet e os conteúdos que consomem, como páginas, artistas e literaturas. Suas trajetórias são marcadas pelo acesso às tecnologias digitais, de forma pessoal e enquanto coletivo, inicialmente na identificação por um feminismo no singular e posteriormente na perspectiva de apropriação dos meios para auxiliar as causas desenvolvendo estratégias. Os meios digitais contribuem para divulgação, engajamento, facilidade informativa através da criação de conteúdos, havendo diálogo facilitado, por exemplo, para recebimento de denúncias, e por consistir em um espaço interativo que favorece trocas discursivas. Dessa forma, as análises buscaram compreender o que tange os ativismos feministas contemporâneos, seus reconhecimentos e atuações possibilitadas pelas novas tecnologias digitais como ferramenta de ação. |
| Palavras-chave | Coletivos, Feminismos, Internet |
| Forma de apresentação..... | Painel |
| Link para apresentação | Painel |
|---|