"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15189

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Leslye Rocha Freitas
Orientador ARTUR KANADANI CAMPOS
Outros membros Andrés Maurício Ortega Orozco, Bárbara Cristina Félix Nogueira, Flavio Sungman Lee, Lucas Drumond Bento
Título Fauna ectoparasitária do gambá Didelphis aurita e quati Nasua nasua em Viçosa, Minas Gerais
Resumo Animais como o gambá, Didelphis aurita, e o quati, Nasua nasua, correspondem a algumas das espécies de mamíferos que apresentam hábitos sinantrópicos. O contato destas espécies com humanos tem aumentado de acordo com o avanço do processo de urbanização que muitas vezes invade o habitat silvestre, expondo humanos e animais domésticos cada vez mais aos ectoparasitos que utilizam estes animais como hospedeiros e consequentemente aos patógenos que utilizam estes ectoparasitos como vetor. Devido a isso, este estudo teve como objetivo avaliar a ectoparasitofauna de D. aurita e N. nasua em Viçosa, Minas Gerais. Para isso, gambás (28) foram capturados com uso de armadilhas Tomahawk e quatis (2) encontrados mortos foram encaminhados para necropsia no Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Viçosa, ambos foram examinados para a presença de ectoparasitas que quando encontrados eram armazenados em frascos contendo álcool 70% para identificação e sexagem através do uso de microscópio estereoscópio e chaves taxonômicas no Laboratório de Doenças Parasitárias e Parasitologia. Entre os ectoparasitos coletados nos gambás estavam presentes carrapatos identificados como Ixodes loricatus (7 fêmeas e 3 machos), Amblyomma ovale (3 ninfas), Amblyomma dubitatum (1 ninfa) e larvas de Amblyomma sp. (21), além de pulgas das espécies Ctenocephalides felis (24) e Xenopsylla cheopis (1). Enquanto os quatis apresentaram apenas carrapatos da espécie A. ovale em estágio adulto (4 fêmeas e 4 machos) e pulgas da espécie C. felis (12). A presença destes ectoparasitas é extremamente relevante visto que apresentam ação espoliativa sobre o seu hospedeiro e podem atuar como vetores de alguns patógenos zoonóticos, como é o caso do A. ovale que figura como principal vetor de Rickettsia parkeri, agente etiológico de uma variação da febre maculosa brasileira, além de C. felis que atua como vetor de diversos patógenos que podem ser zoonóticos ou não, como larvas de Cestoda dos gêneros Dipylidium, Hymenolepis, Acanthocheilonema, além de Yersinia pestis, R. felis, R. typhi e vírus. As espécies de carrapatos e pulgas encontradas neste estudo corroboram com o hábito sinantrópico dos animais avaliados, visto que algumas espécies destes ectoparasitas são encontradas com frequência em animais domésticos. Desse modo, é importante a realização de análises moleculares para verificar a presença de patógenos nos ectoparasitas, a fim de contribuir com o conhecimento do papel destes artrópodes no ciclo dos patógenos na área estudada. Além disso, este é o primeiro relato de ninfas de A. ovale e A. dubitatum parasitando D. aurita em Minas Gerais.
Palavras-chave Didelphis aurita, ectoparasitas, Nasua nasua
Forma de apresentação..... Painel
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