ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Ensino |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Comunicação |
Setor | Departamento de Comunicação Social |
Conclusão de bolsa | Não |
Primeiro autor | Ana Luísa Mello Cariello Medeiros |
Orientador | MARIANA RAMALHO PROCOPIO XAVIER |
Outros membros | Bárbara Santos Pinheiro, Jessica Morgenia da Silva Nascimento, Lara Teixeira Bernardes |
Título | Espaço Político no Big Brother Brasil: Repercussões sobre raça na edição 21 |
Resumo | No final da década de 1990, o Big Brother foi criado inspirado no livro 1984, de George Orwell. A intenção do programa era registrar o comportamento humano 24h por dia, confinando pessoas em uma casa e submetê-las a provas, a restrições e a disputas de prêmios. O Big Brother Brasil (BBB), transmitido pela Rede Globo, segue um formato consagrado em diversos países. Cerca de 60 câmeras, incluindo no banheiro reservado, registram a vida privada dos participantes, tornando esse conteúdo assunto de interesse público. O programa se estrutura, também, em torno da participação do público, que vota semanalmente em quem será eliminado. O Big Brother Brasil está longe de ser somente mais um reality show e/ou um programa de televisão em horário nobre. É exatamente pela força de difusão dos acontecimentos dentro da casa, que percebemos o quanto o programa se configura como um espaço não só de entretenimento mas também de formação de opinião pública, e, consequentemente, carregado de discursos e posicionamentos políticos que refletem a sociedade. Para este trabalho, o qual foi realizado como atividade da disciplina Comunicação e Política, tivemos como objetivo observar como o Big Brother Brasil se posiciona como espaço de discussão de pautas políticas e sociais para dentro e fora da sociedade, por meio da repercussão do programa no Twitter. Focamos na pauta política e social de raça, visto que foi a que teve maior presença na edição exibida em 2021. Escolhemos o Twitter por ser a rede social em que os acontecimentos do BBB estavam sempre em evidência, comprovada pela constante presença de hashtags nos trending topics. Utilizamos como referencial teórico autores como Charaudeau, Hannah Arendt, Ana Paula Amorim, Francisco Fonseca, Maria Amelia Cruz, Tadeu Silva entre outros. Como corpus de análise, escolhemos cenas do reality show em que a pauta de raça esteve em discussão por parte dos participantes e/ou de outras personalidades do programa. Os três episódios escolhidos foram a situação na qual Nego Di aponta que Gilberto não é negro; o momento no qual Pocah chama Lucas de demônio; e quando Rodolffo compara o cabelo de João a uma peruca de homem da caverna. Essas situações são exemplos de atitudes de discriminação, que também acontecem fora da casa do reality, sendo percebidas pelos usuários do Twitter que fomentaram grandes discussões frente a esses assuntos. Assim, optamos por recortes de falas dos espectadores, postadas na rede social, que buscam evidenciar o Big Brother Brasil como um espaço de discussão de temáticas sociais, configurando-se, também, como espaço político de emergência de diferenças. É válido ressaltar que o BBB é um veículo que possibilitou a maximização de discussões sobre negritude, porém ele não é o ator dessas falas. O programa não é o defensor das minorias, mas permite que causas possam chegar ao “público do sofá”, já que muitas vezes os debates acabam chegando ao meio virtual, por meio das redes sociais do reality e do público. |
Palavras-chave | BIG BROTHER BRASIL, raça, espaço político |
Forma de apresentação..... | Vídeo |
Link para apresentação | Vídeo |
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