"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15128

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Letras
Setor Departamento de Letras
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Daianny Duque Portes
Orientador JOELMA SANTANA SIQUEIRA
Título Leitura e leitores de Boca do Inferno (1957), de Otto Lara Resende
Resumo Em 1957, o escritor mineiro Otto Lara Resende (1922-1992) publicou a obra Boca do Inferno, um volume com sete contos cujas personagens centrais são crianças ambientadas em cidades provincianas, vivendo circunstâncias traumáticas, com desfechos violentos e/ou trágicos. Na ocasião, a obra surpreendeu o público e a crítica literária e foi alvo de reboliço no meio literário, por abordar temas tabus em relação à infância. A atmosfera de indignação, censura e julgamento que se instalou entre alguns leitores iniciais, acabou fazendo com que o escritor desistisse de publicá-la novamente. O presente trabalho faz parte de um projeto de mestrado intitulado “O conto moderno brasileiro e Boca do inferno, de Otto Lara Resende”, desenvolvido no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Letras - Estudos Literários da Universidade Federal de Viçosa - PPGLET/UFV com bolsa da CAPES. Nesta etapa da pesquisa, realizou-se um levantamento da primeira recepção da obra por meio da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, com a finalidade de analisar textos críticos e resenhas publicados em jornais. Identificamos 218 ocorrências sendo 56 delas críticas referentes ao livro de contos de Lara Resende em diferentes periódicos da segunda metade da década de 50. Os dados possibilitaram a discussão sobre a recepção quase pragmática da obra ficcional e a recepção própria à ficção, no sentido discutido por Stierle (2002) em que, na primeira, identificada com o movimento centrífugo, o texto ficcional é ultrapassado em direção a uma ilusão extratextual; e na segunda, denominada de recepção centrípeta, a leitura é orientada para a ficcionalidade do próprio texto. Em um levantamento da recepção inicial da obra, o crítico Augusto Massi (2014) identificou 35 resenhas, das quais 30 foram classificadas como negativas. Para melhor acompanhar essa recepção, foi necessário estudar sobre a história da infância no Brasil e no mundo a partir de estudos como os de Ariès (1993) e Priore (2013). Os estudos do contexto social e das formas de recepção da obra nos ajudaram a pensar sobre a rejeição à ficção do escritor Otto Lara Resende, e são importantes para a próxima etapa da pesquisa, dedicada à leitura da obra, tendo em vista texto/contexto e o diálogo com a recepção.
Palavras-chave Boca do Inferno, Otto Lara Resende, Estética da recepção
Forma de apresentação..... Vídeo
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