"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15127

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciência e tecnologia de alimentos
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq
Primeiro autor Leticia Bruni de Souza
Orientador BRUNO RICARDO DE CASTRO LEITE JUNIOR
Outros membros Ana Flávia Coelho Pacheco
Título Aplicação da tecnologia de ultrassom para potencializar a hidrólise enzimática das proteínas da semente de abóbora
Resumo As sementes de abóbora são, na maioria das vezes, descartadas ou destinadas à alimentação animal, entretanto, esse resíduo é uma fonte promissora de proteínas. A hidrólise enzimática das proteínas da semente de abóbora (PSA) é uma alternativa para geração de hidrolisados proteicos de alto valor agregado e elevada aplicação industrial. No entanto, na forma convencional, a hidrólise enzimática apresenta alguns desafios como: (i) a baixa taxa de conversão, (ii) o longo tempo de reação e (iii) o alto consumo de energia. Para superar essas desvantagens, a tecnologia de ultrassom (US) pode ser utilizada para aumentar a atividade enzimática, bem como modificar a estrutura proteica, tornando-as mais acessíveis à hidrólise. Dessa forma, este trabalho avaliou o efeito do pré-processamento da alcalase e das PSA por US visando melhorar a performance enzimática. Para isso, as PSA foram obtidas usando o método de extração alcalina com precipitação isoelétrica, secas a 50 °C por 6 horas e caracterizadas quanto ao teor de umidade (19,82%) e proteína (66,54%). As condições ótimas de pH (7,5) e temperatura (60°C) da alcalase foram previamente determinadas usando as PSA como substrato. Posteriormente, a enzima e as PSA foram pré-processadas isoladamente por US utilizando um banho ultrassônico com frequência de 40 kHz e potência volumétrica de 23,8 W/L, nas condições ótima (60°C) e não ótimas (25 e 40°C) de temperatura por até 300 min. Após o pré-processamento da enzima e das PSA, a atividade enzimática foi determinada em pH e temperatura ótima. Com base nos resultados obtidos, foi possível verificar que o pré-processamento da alcalase por US promoveu uma ativação de até 10,3% quando a enzima foi pré-processada à 25°C por 120 min. Similarmente, o pré-processamento das PSA por US favoreceu a ação enzimática, com um aumento na atividade enzimática de até 50,1% quando as PSA foram pré-processadas a 25 °C por 120 min. Esses resultados se devem, principalmente, ao efeito da cavitação das bolhas formadas durante o processo de US, que podem favorecer a exposição de novos sítios da enzima, bem como uma maior acessibilidade enzimática, devido às alterações estruturais das PSA. Portanto, os resultados mostram que o US pode ser uma estratégia interessante para melhorar o desempenho da hidrólise enzimática das PSA sob condições otimizadas visando a obtenção de hidrolisados proteicos de interesse industrial com custos, qualidade e rendimento adequado.
Palavras-chave proteína vegetal, ultrassom, alcalase
Forma de apresentação..... Vídeo
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