"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15122

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Direito
Setor Departamento de Direito
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Sim
Primeiro autor CARLOS EDUARDO SALGADO CUNHA
Orientador Ângela Barbosa Franco
Outros membros Ana Luiza Salgado Cunha
Título Uberização: o impasse jurisprudencial e seus reflexos no mercado de trabalho
Resumo Em 1° de maio de 2021, a Justiça do Trabalho brasileira completou oito décadas de histórias, repletas de desafios, sempre norteadas na busca pela concretização da justiça social. Dentre os desafios, destacam-se a necessidade de adaptação das normas e o esforço hermenêutico dos juristas para adequar o Direito do Trabalho às demandas que a Era Digital impõe. Especialmente no que tange à natureza jurídica das relações trabalhistas intermediadas por plataformas digitais, os tribunais não apresentam interpretação uniforme. Com espeque nos mesmos fatos e realidades, há decisões que reconhecem a existência de relações empregatícias e outras que assentem prestações de serviços autônomos. Essa dissonância acentua a insegurança jurídica e coloca em voga temáticas que dizem respeito ao acesso à justiça e aos direitos trabalhistas. Assim, uma investigação jurisprudencial, cujo mérito discute a classificação dos contratos firmados com as plataformas digitais de transporte de pessoas, desvela as dificuldades enfrentadas pelos hermeneutas em harmonizar a lei ao caso concreto. O estudo se justifica na medida em que a coleta de dados secundários, quando compilados, tem a possibilidade de indicar lacunas legislativas ou revelar imbróglios hermenêuticos e, até mesmo, a influência do marketing do trabalho digital na forma como as pessoas atualmente enxergam as relações trabalhistas. Com o objetivo de evidenciar os riscos de se promover o mercado em detrimento da qualidade do trabalho e do emprego, propõe-se uma revisão bibliográfica, interdisciplinar, de vertente jurídico-sociológica, cuja investigação se orienta, particularmente, na jurisprudência brasileira sobre a natureza jurídica das tratativas concretizadas entre motoristas e as plataformas digitais. Assim, a pesquisa intenciona exibir um estudo sobre as principais questões pertinentes a um tipo de labor que se consolida precariamente para os trabalhadores, vis-à-vis um mercado tomado pelas facilidades tecnológicas, a fim de compreender a motivação das decisões da Justiça do Trabalho do Brasil. A partir dos julgados colecionados, pretende-se organizar os fundamentos relevantes para se identificar uma relação de emprego com as plataformas e os fundamentos admitidos como nucleares para se constatar um trabalho autônomo. Tal comparação serve como parâmetro para se descobrir a exegese que melhor se harmoniza aos preceitos constitucionais que primam pela dignidade do trabalhador e pelo equilíbrio socioeconômico dos sujeitos envolvidos. Por ora, o que se constata, nos modelos de trabalho provenientes do fenômeno uberização, é que a tecnologia dos aplicativos de serviços não pressupõe rompimento da relação de emprego. Simplesmente apresenta, ao cenário juslaborativo, uma nova perspectiva para a subordinação e, em muitas situações, com a mesma essência dos contratos de trabalho tradicionais.
Palavras-chave uberização, era digital, relações trabalhistas
Forma de apresentação..... Vídeo
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