Resumo |
Descrição do tema do trabalho: O Sistema Único de Saúde (SUS) possui como um de seus princípios estruturantes a integralidade, que prevê a oferta de cuidado desde a proteção da saúde, passando pela prevenção de agravos até a recuperação da saúde. Dada sua complexidade, é preciso superar a fragmentação dos serviços para que seja possível garantir a continuidade do cuidado. Assim, o SUS possui as Redes de Atenção à Saúde (RAS) cujo objetivo é integrar os diversos serviços de saúde, organizados em atenção primária, secundária e terciária, cada qual com diferentes densidades tecnológicas. As RAS têm por potência qualificar o acesso à saúde, melhorar sua eficiência econômica e equidade. Público alvo: Graduandos e profissionais de enfermagem, bem como a população geral. Justificativa: Descentralizar a assistência em saúde e integrar ações e serviços nessa área, de maneira responsável e humanitária, é um grande marco no que se refere ao acesso à saúde, equidade e integralidade. Por tais motivos, as RAS devem ser conhecidas e discutidas. Objetivo: Discutir a importância e os desafios da RAS no contexto do SUS. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, de caráter narrativo, sobre a importância e os desafios das RAS. Para a revisão narrativa foram feitas buscas bibliográficas, análise dos referenciais do programa analítico e nas aulas da disciplina Enfermagem, Saúde e Sociedade I, além das plataformas como Google Acadêmico e Scielo. Resultados: O SUS, além de protagonizar, revolucionou a forma de ofertar saúde no Brasil ao introduzir a universalidade do acesso como prerrogativa de todo cidadão. Ademais, a integralidade e a equidade impulsionam a dinâmica de saúde no Brasil, tanto no aspecto organizacional na macropolítica quanto na prática clínica, na dimensão micropolítica. Embora se constitua como um sistema de pouco tempo de existência, o SUS vem abrangendo grande parte das carências de saúde da população brasileira, com sua organização descentralizada e com níveis tecnológicos devidamente distribuídos nas RAS, evidenciando a importância dessa estratégia organizativa. No entanto, as RAS enfrentam vários desafios que prejudicam o SUS e interferem na efetividade do serviço prestado dentre as quais destaca-se a cultura hospitalocêntrica que ainda povoa o imaginário das pessoas bem como a formação acadêmica super especializada. Esses aspectos induzem um comportamento social de demanda excessiva de busca por especialidades clínicas e hospitais, desconsiderando a potência de cuidado que os diferentes pontos da rede de atenção à saúde possuem. Conclusões: A organização das RAS no Brasil representa um modelo estratégico para a implementação de um sistema de saúde abrangente. Com isso, torna-se necessário que os processos formativos em saúde sejam coerentes com a perspectiva da RAS e do SUS sendo, pois, de suma relevância que esse assunto seja abordado dentro e fora da comunidade acadêmica. |