"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15093

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Nathália Silveira Ramos
Orientador LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE
Outros membros Isabella Salgado Faustino, Laura Vicente Guimarães, Thaynara Pereira Albuquerque, Vinicius Tobias Leandro Lucila
Título Estoque de carbono de espécies florestais em plantio de neutralização aos 9 e 10 anos.
Resumo Os plantios de restauração florestal aliados à neutralização de carbono contribuem significativamente para a redução de Gases de Efeito Estufa (GEE). Isso é devido à capacidade que as espécies arbóreas têm de incorporar dióxido de carbono (CO2) em sua biomassa, por meio do processo fotossintético. Diante do exposto, o objetivo do trabalho foi avaliar o estoque de carbono de espécies florestais nativas em plantios de neutralização com 9 e 10 anos. As áreas avaliadas neste estudo, estão localizadas no Espaço Aberto de Eventos da Universidade Federal de Viçosa e foram implementadas em 2010 e 2011. Inventários anuais foram realizados nas duas áreas coletando altura (H) e diâmetro na altura do solo (DAS) de todos os indivíduos, com o auxílio da fita métrica e Vertex. Em 2021 foi realizado a cubagem não destrutiva de 21 indivíduos de ambas áreas, o que permitiu o ajuste da equação volumétrica de Schumacher e Hall para quantificar o estoque de carbono nos plantios, representada por: Cij: [0,000000008734 x (DAS1,892) X(H1,758)]. Em seguida realizou-se a conversão do resultado de carbono (C) para dióxido de carbono (CO2) multiplicando pelo fator (44/12) entre os pesos moleculares. O estoque de carbono para plantios de 9 e 10 anos foram respectivamente 8,06 Kg e 8,96 Kg CO2.individuo.ano-1. Estes valores são considerados satisfatórios pois estão acima dos 6KgCO2.individuo.ano-1 esperado nos plantios de neutralização. Dentre as espécies pioneiras plantadas, as que registraram maiores valores do incremento médio anual de dióxido de carbono (IMACO2) foram Ateleia glazioviana (19,10 kgCO2.ano-1), Anadenanthera colubrina (20,12 kgCO2.ano-1) e Senna multijuga (9,98 kgCO2.ano-1). Esses valores podem ser explicados pelas características comumente observadas nessas espécies, como o seu desenvolvimento rápido, alta sobrevivência, rusticidade e adaptabilidade. Já as espécies não pioneiras como Handroanthus chrysotrichus (0,23 kgCO2.ano-1 ) e Hymenaea courbaril ( 0,53 kgCO2.ano-1 ) possuem baixo incremento em CO2, dado que esse grupo ecológico é caracterizado por um ritmo de crescimento lento e, por consequência, leva a um incremento de biomassa inicialmente menor. Desse modo, os plantios de 2010 e 2011 possuem estocagem de carbono acima da média esperada. Já no que diz respeito aos grupos ecológicos as duas espécies contribuem positivamente para a estocagem de carbono, mas em momentos diferentes dos seus ciclos de vida. As pioneiras contribuem mais com a estocagem de carbono inicialmente, se comparadas ao grupo das não pioneiras. Porém, as pioneiras, ao longo do tempo, podem diminuir a sua contribuição na estocagem de carbono ao morrerem e saírem do sistema e, com isto, a maior contribuição pode passar a ser das não pioneiras por terem maior longevidade nas florestas.
Palavras-chave Biomassa, mudanças climáticas, restauração florestal
Forma de apresentação..... Painel
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