"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15091

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Savio Marques de Souza
Orientador BRUNNELLA ALCANTARA CHAGAS DE FREITAS
Outros membros Denilson Marcos Curcio Júnior, Diego Sousa Fernandes, Higor José de Souza, Laura de Souza Freitas
Título Graduandos e médicos egressos de uma Instituição Federal de Minas Gerais: perfil, formação e atuação profissional
Resumo Introdução: a realização de pesquisas que avaliam o perfil e expectativas profissionais dos estudantes de medicina é muito importante para fundamentar intervenções e programas que visam melhorias dos cursos e da qualidade de vida dos estudantes, incluindo assistência estudantil e democratização do acesso ao ensino superior. Há uma percepção, infundida no senso comum, de que o curso de medicina no Brasil é elitista, com graduandos oriundos de famílias de alta renda, com pais que possuem curso superior e que frequentaram escolas particulares e cursinhos pré-vestibulares. Tal visão, muitas vezes, gera um impasse para o desenvolvimento de políticas de assistência estudantil, ao subestimar as dificuldades socioeconômicas dos estudantes. Objetivos: analisar o perfil socioeconômico, experiências vivenciadas e expectativas dos estudantes de medicina de uma Instituição Federal de Minas Gerais. Métodos: foi realizado um estudo transversal que teve como instrumento de coleta de dados um questionário aplicado virtualmente a 181 estudantes e recém-formados do curso de medicina, abordando aspectos socioeconômicos, demográficos e culturais, além das expectativas profissionais. Resultados: constatou-se que o perfil predominante é de homens (50,3%), com média de idade entre 21 e 24 anos (58%), brancos (64,1%), naturais do interior de Minas Gerais (58,6%), que cursaram a maior parte do ensino médio em escola pública (53,6%). Destaca-se que 31,5% dos entrevistados possuem renda familiar por pessoa da família de até 1,5 salário mínimo, 35,9% possuem ambos os pais com pelo menos ensino superior completo e que 69,6% cursaram pelo menos um ano de curso preparatório antes de ingressar na graduação. 82,3% dos entrevistados não trabalham atualmente e 63% nunca participaram de um projeto de pesquisa, enquanto 64,1% já participaram de projetos de extensão. O curso de medicina é a primeira graduação de 87,3% dos entrevistados. A maioria dos entrevistados (97,8%) pretende fazer especialização e 22,1% assinalaram o interesse em cirurgia geral, ao passo que 17,1% têm interesse em clínica médica. Os estudantes escolheram a profissão por aptidão pessoal e vocacional (68%) e 42,5% classificam o seu desempenho no curso como bom. Conclusões: os resultados deste estudo permitem concluir que o estudante de medicina já não possui as mesmas condições socioeconômicas das classes mais altas da sociedade e que a implementação das atuais políticas de ação afirmativa tem surtido efeito positivo na democratização do acesso ao ensino superior. Além disso, se torna evidente a necessidade da efetivação e ampliação das políticas de assistência estudantil, assistência à saúde e apoio psicopedagógico aos estudantes. Espera-se que os resultados deste estudo contribuam para a melhoria do ensino médico e da qualidade da assistência prestada à população, proporcionando o feedback necessário para mudanças no currículo e nos processos de ensino-aprendizagem.
Palavras-chave educação médica, política pública, fatores socioeconômicos.
Forma de apresentação..... Painel
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