"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15090

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Microbiologia
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Ana Clara Nunes de Souza
Orientador WENDEL BATISTA DA SILVEIRA
Outros membros Rafaela Zandonade Ventorim
Título Avaliação crescimento de Papiliotrema laurentii UFV-1 em meio de cultivo contendo xilana e carboximetilcelulose como fonte de carbono
Resumo A demanda energética mundial e o esgotamento das reservas de combustíveis fósseis têm estimulado a procura por fontes alternativas e sustentáveis de combustíveis. A utilização de matérias-primas lignocelulósicas, oriundas da produção agrícola, é uma opção economicamente promissora para a produção de biocombustíveis. A biomassa lignocelulósica possui celulose, homopolímero de glicose, e hemicelulose, heteropolímero de hexoses e pentoses, principalmente xilose. Estes polímeros podem ser utilizados por microrganismos como fonte de carbono para fermentação e síntese de bioprodutos. A levedura oleaginosa Papiliotrema laurentii UFV-1 assimila eficientemente glicose e xilose, como fontes de carbono para a produção de altos teores de lipídios. Esses lipídios, em grande parte acumulados na forma de triacilglicerol, podem ser utilizados para a produção de biodiesel. Além disso, a análise do genoma de P. laurentii UFV-1 identificou genes que codificam enzimas celulolíticas e hemicelulolíticas, destacando o potencial de aplicação dessa levedura para produção de lipídios a partir de biomassas lignocelulósicas. Desta forma, esse trabalho teve como objetivo avaliar o crescimento de P. laurentii UFV-1 em meio de cultivo contendo xilana (Beechwood, Sigma) e carboximetilcelulose (CMC, Sigma) como fonte de carbono. Os cultivos foram realizados em meio ágar YP (peptona 2% (m/v), extrato de levedura 1% (m/v), ágar 1% (m/v)) ou YNB (base de nitrogênio para leveduras 0,67% (m/v)) e ágar 1% (m/v), contendo xilana ou CMC 1% (m/v), a 37 °C. Os cultivos em meio líquido foram incubados a 30 ºC, a 200 rpm com meios YP- xilana 0,5% (m/v), YNB- xilana 0,5% (m/v), em que o crescimento foi avaliado por contagem de células no microscópio com câmara de Neubauer. Já nos meios YP-CMC 0,5% (m/v) e YNB-CMC 0,5% (m/v) o crescimento foi acompanhado pela medida da densidade ótica da cultura em espectrofotômetro a 600 nm. Nos cultivos em meio ágar o aparecimento de colônias foi observado após 24h de incubação, sendo que colônias em meio ágar YNB foram menores do que em ágar YP. Nos cultivos em meio líquido contendo xilana, a velocidade específica de crescimento foi menor no meio YNB (0,257 h-1) em relação ao meio com YP (0,403 h-1). A levedura não cresceu em meio YNB contendo CMC como única fonte de carbono e energia. Por outro lado, P. laurentii cresceu em meio YP-CMC, apresentando uma velocidade específica de crescimento de 0,374 h-1. A capacidade de fermentação de carboidratos complexos apresentada pela levedura P. laurentii indica o potencial da utilização de biomassas lignocelulósicas para produção de lipídios. Dessa forma, a capacidade de hidrólise de polissacarídeos por P. laurentii deve ser melhor avaliada a fim de estabelecer as condições e a composição do meio de cultivo para induzir a produção de enzimas celulolíticas e hemicelulolíticas em cultivos empregando biomassas lignocelulósicas.
Palavras-chave levedura oleaginosa, fermentação, biomassa lignocelulósica
Forma de apresentação..... Painel
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