Resumo |
O déficit hídrico é um dos estresses abióticos mais importantes que atingem as áreas cultivadas em regiões tropicais. A deficiência hídrica em uma planta pode ser observada quando a demanda por água é superior ao fornecimento. Dessa forma, plantas que possuem maior capacidade de tolerar a seca tendem a se desenvolver melhor em ambientes onde a restrição hídrica passa a ser uma condição limitante ao desenvolvimento da planta. Com isso, objetiva-se com este trabalho agrupar os melhores genótipos para performance sob seca e em condição de controle. Desse modo foram avaliadas 28 linhagens provenientes de duas populações de milho-pipoca (Viçosa e Beija-Flor) pertencentes ao banco de germoplasma do Programa Milho-Pipoca da Universidade Federal de Viçosa (UFV), testadas com uma testemunha tolerante e uma testemunha suscetível à seca, pertencentes à empresa LongPing High Tech. O experimento foi conduzido no Laboratório de Sementes do Departamento de Agronomia da UFV, no delineamento inteiramente casualizado, seguindo o esquema fatorial 30 x 2, sendo que o primeiro fator corresponde aos 30 genótipos e o segundo fator corresponde aos 2 ambientes – com (0 MPa) e sem disponibilidade hídrica (-0.3 MPa). A deficiência hídrica foi induzida em laboratório através de solução contendo PEG 6000. Os caracteres avaliados foram: comprimento de parte aérea (CPA), comprimento da raiz principal (CRP), comprimento total da raiz (CTR), comprimento total da raiz fina (CTRF), germinação (GER), massa fresca da parte aérea (MFPA), relação raiz/parte aérea (RPA) e volume total de raiz (VTR). A partir das médias das características foram construídos índices de performance sob seca e no controle utilizando valores de componentes principais. No gráfico Biplot Which-won-Where, são formados mega ambientes separados por linhas pontilhadas e identificados por vetores, agrupado os genótipos que melhor performaram no ambiente. Quanto mais distante do centro de origem do gráfico é a posição do genótipo, melhor é seu desempenho. O cosseno do ângulo formado entre os vetores que nomeiam ambientes corresponde à correlação genética entre os ambientes. A partir da análise gráfica, pode-se observar que dentro do ambiente A1 (controle) é possível identificar o maior número de genótipos, onze, em relação ao ambiente A2, três. Além disso, também é possível identificar o desempenho diferencial e muito superior do híbrido FS481PW, presente no vértice do polígono no ambiente A1. Para o ambiente A2 é possível identificar a linhagem 20-2044 no vértice do polígono neste ambiente, indicando-o como o genótipo que apresentou o melhor desempenho sob seca. De forma análoga à descrita para os ambientes A1 e A2, é possível descrever um terceiro ambiente intermediário aos ambientes de controle e seca. Nesse ambiente, a linhagem 20-2009 está presente no vértice do polígono, indicando-a como o genótipo que apresentou o melhor desempenho neste ambiente. |