Resumo |
A luz fascina a humanidade desde as civilizações mais remotas, os filósofos da Grécia Antiga, por exemplo, foram os primeiros a tratar a luz de uma maneira mais formal. Os atomistas acreditavam que a luz e todo o universo (cosmos) eram compostos por partículas indivisíveis que denominaram de átomos (partículas). Mais tarde, após a revolução científica duas novas teorias (opostas) foram apresentadas, uma delas foi desenvolvida por Isaac Newton, na qual defendia que a luz era composta por átomos e que a luz solar era uma combinação das cores do arco-íris (não concordava plenamente com os atomistas). A outra teoria desenvolvida por Christian Huygens que defendia que a luz era uma onda. Essa discordância sobre a natureza da luz permaneceu até meados do século XIX, quando Thomas Young realizou uma experiência que mostrava o caráter ondulatório da luz. Entretanto, no início do século XX, experimentos que revelavam um caráter corpuscular da luz foram realizados. Eles trouxeram novamente ao debate a questão acerca da natureza da luz. Dessa forma nos anos subsequentes o problema da dualidade onda partícula passa a ser sistematicamente estudado. Niels Bohr que em 1928 enuncia o princípio da complementariedade, no qual afirma a natureza dual da matéria e radiação sendo não contraditórias, mas complementares. Isso significa que a natureza ondulatória e corpuscular é detectada e dependerá do tipo de experimento e da forma como é conduzido. O experimento de fenda dupla, por exemplo, é amplamente utilizado para estudar a dualidade, e para isso é comum que se tenha variações afim de se obter uma nova abordagem do problema. Sendo assim, neste trabalho apresentaremos o experimento do Apagador Quântico que é uma variação do experimento de fenda dupla. O ponto chave desse experimento é a utilização de marcadores de caminho (as cavidades) que em linhas gerais, servem como medidores. Mas sabemos que, qualquer tentativa de se determinar as trajetórias das partículas implicaria inevitavelmente na destruição dos efeitos de interferência e então, podemos questionar, como ocorre o experimento do Apagador Quântico? A lógica deste vem do fato de que se a informação de caminho puder ser obtida sem perturbar significativamente o sistema, o “apagamento” dessa informação deveria ser suficiente para trazer de volta a interferência. Estamos interessados, em suma, no estudo mais completo e detalhado do comportamento e funcionamento deste experimento. Trata-se de um trabalho de física teórica que constitui na revisão de artigos científicos e livros na área de fundamentos de mecânica quântica, a fim de analisar e discutir experimentos de interferometria e suas variações. Esperamos para os próximos passos deste trabalho, poder implementar a ferramenta de modelos causais para explicar o experimento do Apagador Quântico, sendo isto algo não presente na literatura até o momento. |