"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15059

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Química Inorgânica
Setor Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas - Campus Florestal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Thaiz Cristina Soares dos Santos
Orientador JULIANA CRISTINA TRISTAO
Outros membros Matheus Henrique Pimentel Araújo
Título Reaproveitamento dos rejeitos de mineração e da casca de ovo para produção de adsorventes de fosfato a base de ferritas de cálcio
Resumo O rejeito de mineração, resíduo oriundo das empresas mineradoras, é considerado um grande problema ambiental. O subproduto gerado não possui aplicação ficando assim armazenado em barragens de contensão, que necessitam de monitoramento. Outro resíduo a ser destacado é a casca de ovo que é considerada uma fonte rica de suplemento alimentar e que também é utilizada como adubo pela indústria agrícola. Porém, a indústria avícola mundial produz mais de 8,4 bilhões de quilos de cascas de ovo a cada ano, a maioria dos quais descartados como resíduos de aterro. Também no contexto da mineração, o fosfato (PO43-) é um importante mineral, extraído a partir de rochas ígneas, empregado principalmente na agricultura. Por ser um macro nutriente ele é essencial para o crescimento de plantas. Porém a diversidade de atividades desenvolvidas pelo homem na agricultura, na indústria e a recorrente liberação de esgotos sem tratamento nos copos hídricos são as maiores responsáveis pela poluição dos mesmos. O fosfato não é definido pela legislação brasileira como um poluente. Porém, o seu excesso nos corpos hídricos está relacionado ao processo de eutrofização. A partir destas considerações, o objetivo deste trabalho foi sintetizar materiais a base de Ca-ovo/rejeito-Fe com diferentes teores (5, 10 e 15% m/m Ca/rejFe) seguido de tratamento térmico a diferentes temperaturas (700 e 900 °C/1h a 5 °C/min) para produção das ferritas de cálcio a partir da combinação dos dois rejeitos, caracterizar os materiais e testar como adsorventes de fosfato. O rejeito de mineração, é oriundo da empresa Samarco Mineração localizada nas proximidades da cidade de Mariana-MG, e as cascas de ovos foram cedidas pelo restaurante universitário da Universidade Federal de Viçosa campus Florestal. Preparou-se as proporções de 5, 10 e 15%m/m de Ca/Fe-Rejeito seguido da maceração de cada material por 30 minutos. Em seguida, tratou-se termicamente os materiais a 700 e 900 °C/1h a 5°C/min em forno tubular horizontal Sanchis 1200 obtendo 12 amostras representativas. O teor de cálcio presente nas cascas de ovo foi determinado por volumetria de complexação encontrando teor igual a 29%m/m. Os materiais produzidos foram caracterizados por Espectroscopia Mössbauer para identificação das fases de ferro formadas antes e após tratamento térmico. Foi possível identificar a predominância das fases Goethita (α-FeOOH), Hematita (α-Fe2O3), e Magnetita (ɤ- Fe2O3), além de ferro disperso. Observou-se que quanto maior a temperatura do tratamento térmico maior é a proporção de hematita nesses materiais. Testes de adsorção de fosfato mostraram que o aumento da temperatura de calcinação favorece o aumento da adsorção (E15R sem tratamento térmico 2,5 mgg-1 e E15R700 23 mgg-1) assim como o aumento do teor de cálcio (E5R900 24 mgg- 1 e E15R900 248 mgg-1). No geral, os resultados apresentaram-se promissores e superiores aos encontrados na literatura sendo a amostra E15R900 com capacidade e adsorção máxima de 248 mgg-1.
Palavras-chave Rejeito, casca de ovo, adsorção
Forma de apresentação..... Vídeo
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