Resumo |
Introdução: Embora significativos avanços na área da saúde pública, como implementação da Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDIP), ainda existe uma parcela expressiva de crianças que chegam ao óbito por doenças do aparelho respiratório. Assim, existe a enorme necessidade de compreender as principais causas que levaram a esse desfecho, bem como a análise dos óbitos de acordo com as regiões de nosso país, a fim de promover, manejar e aplicar uma assistência integral, equânime e fielmente competente às crianças possibilitando o desenvolvimento de atividades de cuidado e promoção à saúde. Objetivo: Descrever a ocorrência de óbitos por doenças do aparelho respiratório em menores de um ano nas regiões brasileiras entre os anos de 2015 e 2019. Métodos: trata-se de uma série histórica com dados secundários do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde (MS)/Datasus. Dados referentes aos óbitos em menores de um ano por doenças do aparelho respiratório ocorridos nas regiões brasileiras entre os anos de 2015 a 2019 foram colhidos. Os dados foram organizados de acordo com a Classificação Internacional de Doenças – CID-BR, 10ª revisão. A estatística descritiva foi utilizada durante a análise dos dados. Resultado: O total de óbitos considerando todas as regiões brasileiras foi de 8011, para todo o período analisado. A maior ocorrência de óbitos infantis por doenças do aparelho respiratório foi visualizada na região Sudeste, onde ocorreram 2868 (35,80%) óbitos. Em seguida, a região Nordeste e a região Norte correspondendo a 2365 (29,52%) óbitos e 1565 (19,53%), respectivamente. Por último, as menores ocorrências foram evidenciadas nas regiões Sul e Centro-oeste, onde ocorreram, respectivamente, 613 (7,65%) e 600 (7,48%) óbitos. Em todas as regiões, mais de 90% dos óbitos infantis ocorreu na faixa etária de 28 a 364 dias de vida. Conclusão: Diante do estudo, a ocorrência de óbitos infantis por doenças do aparelho respiratório foi maior nas regiões Sudeste e Nordeste, respectivamente. A maioria deles ocorreu na faixa etária de 28 a 364 dias (período pós-neonatal). Conquanto, faz-se necessário melhorar a qualidade e o acesso à saúde infantil, permitindo o diagnóstico e tratamento precoce dessas doenças. |