"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15023

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Primeiro autor Dias Campos de Andrade
Orientador PEDRO SEYFERTH RIBEIRO ROMANO
Outros membros Thiago Fiorillo Mariani
Título Morfologia comparada das vértebras cervicais de três espécies de Chelidae (Testudines, Pleurodira)
Resumo Neste estudo, 14 espécimes de três espécies da família Chelidae foram analisados: Phrynops geoffroanus (n=7), Mesoclemmys hogei (n=4) e Hydromedusa maximilliani (n=3). As duas primeiras representam o morfótipo de pescoço curto e a terceira, de pescoço longo. O estudo se restringiu ao acervo disponível no Departamento de Biologia Animal da UFV em função das medidas restritivas de isolamento social impostas pela pandemia de Covid-19. Trinta e cinco caracteres discretos, que possibilitam a comparação objetiva da variação nas oito vértebras cervicais, foram estudados em uma abordagem inter- e intraespecífica. Os dados descritivos, não detalhados aqui, foram quantificados a fim de detectar se existe diferença entre as espécies estudadas. Em geral, as primeiras vértebras cervicais C2-C5 apresentaram maior variação. A variação observada foi: C1, n=19 dos 35 caracteres; C2, n=24; C3, n=22; C4, n=22; e C5, n=22; C6, n=20; C7, n=20; e C8, n=19. Interpretamos que a menor variação observada nas vértebras posteriores (C6-C8) se devem ao aspecto morfofuncional associado aos diferentes hábitos alimentares de cada espécie, ocasionando a uma menor plasticidade nestas vértebras. Apenas três características não variam na amostra, o formato do centro vertebral, a projeção lateral da pós-zigapófise e a projeção dorsal da diapófise e possivelmente são características conservadas para os gêneros/família e com pouco valor taxonômico. Mesoclemmys hogei possui espinhos neurais das cervicais 3 a 7 (C3-C7) pouco desenvolvidos, enquanto H. maximilliani possui espinhos de bem a muito desenvolvidos da C3 a C7. Notamos que, em H. maximilliani, a orientação das articulações das pós-zigapófises é ventral do atlas (C1) até a C4, e subsequentemente ventrolaterais, mais ventrais que laterais, enquanto em M. hogei todas são ventrolaterais. Em P. geoffroanus, os processos das pré-zigapófises se estendem mais anteriormente que nas outras duas espécies, chegando à articulação anterior em muitas vértebras, na maioria dos indivíduos existem fossas profundas logo abaixo das epipófises. Através das características do atlas (C1) e do axis (C2) das três espécies, H. maximilliani é diferente de ambas espécies por possuir a C1 com processo das pós-zigapófises, espinho neural e epipófises e C2 com projeção das pré-zigapófises e espinho neural não projetado anteriormente. Como esperado, é mais fácil diferenciar H. maximilliani das demais espécies, por ser uma espécie de pescoço longo, enquanto P. geoffroanus e M. hogei, ambas de pescoço curto, compartilham mais características em comum. Preliminarmente, concluímos que o estudo sobre a variação morfológica das vértebras cervicais em Chelidae agregou novas informações relevantes para uma descrição e diagnose mais completa das espécies, bem como um melhor entendimento sobre a plasticidade morfológica observada. Além disso, os caracteres propostos poderão incrementar estudos futuros de cunho sistemático e taxonômico.
Palavras-chave taxonomia, osteologia, cágados
Forma de apresentação..... Painel
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