"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15021

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Natassha Calisa Tamada de Andrade
Orientador FABIANO RODRIGUES DE MELO
Outros membros Fernanda de Fátima Rodrigues da Silva, Luiz Gustavo Costa de Souza, Mariana Soares da Silva, Mayra Fonseca Zerlotini
Título Avaliação da interação de Callithrix aurita, em cativeiro, frente a uma árvore artificial de PVC e a estruturas de madeira
Resumo O Callithrix aurita (sagui-da-serra-escuro) é uma das 25 espécies de primatas mais ameaçadas do mundo, estando dentro do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Primatas da Mata Atlântica e da Preguiça-de-Coleira. O Centro de Conservação dos Saguis-da-Serra situado na Universidade Federal de Viçosa (CCSS/UFV) é um criadouro científico que recebeu o seu primeiro casal de saguis-da-serra-escuro (C. aurita) em fevereiro de 2021, e tem como um de seus objetivos a reprodução dessa espécie em cativeiro visando a sua futura reintrodução nas matas da microrregião de Viçosa/MG. Os recintos do CCSS/UFV têm como estrutura permanente uma árvore feita de PVC e junto a ela, compondo a ambientação, passarelas para deslocamento dos animais, mangueiras de bombeiro e estruturas de madeiras na horizontal e vertical. As estruturas de PVC foram implantadas com o intuito de facilitar a higienização do ambiente e diminuir o risco de infecções. No entanto, por ser um novo material, é necessário que haja estudos acerca da viabilidade da sua utilização por esses animais. Sendo assim, este projeto visou fazer a análise comportamental dos dois indivíduos recém-chegados ao CCSS/UFV diante das estruturas de PVC e madeira, notando se haveria ou não diferença na frequência do uso entre elas. Dois observadores, um para cada indivíduo, foram responsáveis por anotar os comportamentos realizados em cada tipo de estrutura, a partir da metodologia animal focal instantânea, sendo a anotação realizada a cada 30 segundos no decorrer de uma hora, em dois turnos: manhã e tarde. A coleta de dados ocorreu de março a maio de 2021, tendo oito sessões por semana, resultando em 60 horas por animal, e para a análise dos dados foi realizado o teste de qui-quadrado com nível de significância de p≤0,05. Os resultados mostraram que apenas três comportamentos (esticar, lamber e pendurar) não tiveram diferença significativa, enquanto os comportamentos “deitado”, “autocatação” e “alocatação” foram realizados mais vezes no PVC e os demais comportamentos, na madeira. Conclui-se que, de maneira geral, houve uma preferência maior por parte dos dois indivíduos de C. aurita pelas estruturas de madeira em comparação ao PVC, além dela ser essencial para a realização de um dos comportamentos característicos do gênero, a escarificação. Apesar disso, o uso do PVC ainda é uma opção válida para os recintos da espécie, já que permite a realização dos demais comportamentos, além de facilitar na utilização da ambientação e contribuir para a melhoria da higienização em relação à madeira. Todavia, é necessário que um número maior de animais seja avaliado para que se possa analisar melhor a preferência dos indivíduos frente a essas estruturas. Ainda assim, no presente trabalho, a combinação entre esses dois substratos mostrou-se uma alternativa que une a praticidade no manejo com o bem-estar de C. aurita mantidos em cativeiro.
Palavras-chave Comportamento, bem-estar animal, enriquecimento ambiental
Forma de apresentação..... Vídeo
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