"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 14969

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ecologia
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Lorena Lisbetd Botina Jojoa
Orientador GUSTAVO FERREIRA MARTINS
Outros membros João Paulo Lima Costa, Johana Elizabeth Quintero Cortes, Wagner Faria Barbosa
Título A exposição crônica a concentrações subletais de agroquímicos pode prejudicar o desenvolvimento larval das abelhas sem-ferrão?
Resumo A presença de polinizadores em paisagens agrícolas implica sua exposição frequente aos agroquímicos. Essa interação entre abelhas e agroquímicos tem sido fortemente associada ao declínio desses polinizadores. Porém, as avaliações de risco desses agroquímicos são voltadas, principalmente, para as abelhas exóticas Apis mellifera e para os inseticidas neonicotinoides, negligenciando às abelhas sem-ferrão e outros compostos agrícolas. Por tanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar três agroquímicos comumente utilizados nas culturas, incluindo um inseticida (Espinosade), um fertilizante (CuSO4) e um herbicida (Glifosato) sobre o desenvolvimento larval da abelha sem-ferrão Partamona helleri, um importante polinizador nativo da região Neotropical. Como primeiro passo, favos de cria contendo ovos foram coletados de quatro colônias. Os ovos foram transferidos para células artificiais de cera de A. mellifera com 40 µL de dieta [37 µL de alimento larval + 3 µL de água destilada (controle) ou calda do agroquímico], necessário para sustentar o total desenvolvimento larval. Para cada agroquímico, a máxima dose de campo recomendada e duas concentrações decrescentes a partir da máxima dose recomenda (1x, 1/100x e 1/250x, respectivamente) foram avaliadas. Cada tratamento foi composto por 160 ovos (conjunto de 40 ovos por cada colônia). Os indivíduos foram mantidos em câmeras climatizadas (28 ± 2°C, 70 ± 10% RH) durante todo o experimento. A sobrevivência foi monitorada diariamente ao longo do desenvolvimento de cada indivíduo. A análise de sobrevivência indicou diferença significativa entre os tratamentos (Log-Rank: χ2 = 1074.726; df = 9; p < 0,001). A dose de campo de CuSO4 foi altamente toxica para os ovos (0% de eclosão dos ovos), seguido do tratamento com espinosade, o qual exibiu uma baixa taxa de sobrevivência para as larvas (50% após 20 dias de exposição) e pupas (<10% após 33 dias de exposição). No entanto, a dose de campo de glifosato não mostrou efeito toxico sobre a sobrevivência. Os tratamentos referentes às concentrações diluídas dos três agroquímicos não exibiram diferença significativa em relação a taxa de sobrevivência do controle, com exceção da diluição de 100x do espinosade, que diminui a taxa de sobrevivência dos indivíduos em 50%. Concluímos que CuSO4 é altamente toxico em altas concentrações, similarmente, espinosade tanto na dose de campo quanto na diluição de 100x pode prejudicar o desenvolvimento larval de P. helleri. Glifosato apresentou baixo potencial tóxico sem interferir no desenvolvimento larval das abelhas tratadas.
Palavras-chave Avaliação de risco, Abelha sem-ferrão, Sobrevivência.
Forma de apresentação..... Painel
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