Resumo |
A utilização de jardim clonal in vitro com clones de Corymbia spp. pode possibilitar maior incremento na produção em termos quantitativo e qualitativo de microestacas, comparativamente ao processo de miniestaquia convencional, pois alia o uso de sistema fotoautotrófico, controle asséptico, controle ambiental e redução no espaço estrutural de produção. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência de dois jardins clonais in vitro (estufim A e B), comparando produtividade dos clones quando são introduzidos com raiz (estufim A) ou sem raiz (estufim B). Explantes de Corymbia spp. provenientes do banco clonal in vitro do LCT-II/BIOAGRO-UFV, foram alongados em meio de cultura JADS, acrescidos de 0,02 mg L-1 BAP + 0,2 mg L-1 de AIB ,30 g L-1 de sacarose, 100 mg L-1 de mio-inositol, 800 mg L-1 de polivinilpirrolidona (PVP) e 5,5 g L-1 de ágar, com pH ajustado em 5,8 antes da autoclavagem. Cada estufim (Mini Estufa) possui 50 células com dimensões de 50 x 24 cm. Para preenchimento das células foi utilizado substrato (Tropstrato HT Hortaliças) comercial e vermiculita na proporção 1:1. Em cada estufim foram colocadas 25 plantas (explantes). No estufim A foram colocadas plantas previamente enraizadas in vitro; enquanto que no estufim B foram colocadas plantas submetidas ao corte na base retirando calo e raiz, e expostas em solução contendo AIB (5.000 mg L-1) por 1 minuto. As plantas foram nutridas com soluções de macro e micronutrientes semanalmente. Foram feitas avaliações da altura e sobrevivência das cepas. Após 40 dias, foi feita a poda de formação das plantas estabelecidas visando constituir as microcepas. Em seguida, a cada 10 dias, foi realizada a quantificação de microestacas coletadas com tamanho igual ou superior a 4 cm. Foi observada a porcentagem de sobrevivência das plantas em cada estufim, bem como foi estimada o número de microestacas coletadas por cepa. O estufim A, o qual as plantas tiveram altura média de 6 cm, apresentaram sobrevivência antes da poda de formação de 96%, enquanto que após a poda foram observadas taxas de 92, 71 e 52%, no primeiro, segundo e terceiro mês, com número de microestacas por cepa de 3.6; 3 e 6 respectivamente. Para o estufim B, as plantas tiveram altura média de 2.7 cm, 68 % de sobrevivência das plantas antes da poda de formação, 63, 57 e 48% de sobrevivência após a poda no primeiro, segundo e terceiro mês, com número de microestacas por cepa de 1.2; 2.6 e 2.8 respectivamente. Assim a média de microestacas por cepa para o estufim A foi de aproximadamente 4, enquanto de B foi de 2. Concluiu-se que plantas com enraizamento prévio in vitro teve maior sucesso de sobrevivência e altura significativamente maior na formação de jardim clonal in vitro, permitindo maior vigor e produtividade de microestacas. |