Resumo |
Introdução: a Clamídia é uma IST causada pela bactéria Chlamydia Trachomatis, que atinge homens e mulheres com vida sexual ativa. É transmitida por meio do contato sexual e pela forma congênita. A Clamídia pertence ao conjunto de IST’s que são curáveis, quando diagnosticadas e tratadas de maneira correta. No entanto, se não tratada corretamente, pode aumentar os riscos de contaminação e transmissão do vírus HIV. Isso reverbera em um impacto aos serviços de saúde e à saúde da população, podendo trazer sérias complicações, de modo especial às gestantes. A infecção por clamídia durante a gravidez poderá estar relacionada a partos pré-termo, ruptura prematura de membrana e endometrite puerperal, além de conjuntivite e pneumonia do Recém-Nascido (RN). Objetivo: discorrer sobre a Clamídia e direcioná-la à gestação, traçando um plano de cuidados à gestante que apresenta infecção pela Chlamydia. Metodologia: trata-se de uma análise bibliográfica que buscou artigos que elucidassem o tema - infecção por Chlamydia. Para a realização da Sistematização da Assistência de Enfermagem, utilizou-se a Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva (CIPESC), bem como o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT)- Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST´s). Resultados: destaca-se os principais Diagnósticos de Enfermagem (DE) identificados em uma gestante com Clamídia: Prurido vaginal; Resultado do exame preventivo alterado; Uso de contraceptivo inadequado. Além das condutas para cada DE, com base no CIPESC, cabe ao enfermeiro orientar a paciente sobre a higiene anteroposterior da genitália e que o exame preventivo pode e, em caso de sintomas, deve ser realizado mesmo durante a gestação, podendo ser solicitado um exame mais específico para confirmação da clamídia, se necessário. Outras condutas a serem realizadas, se fazem presentes no PCDT: informar a paciente acerca da clamídia e as condutas adotadas; oferta de preservativos; oferta de testes para HIV e demais IST’s; vacinação para HBV e HPV; notificação do caso; comunicação, diagnóstico e tratamento das parcerias sexuais (mesmo que assintomáticas). Ademais, cabe ao enfermeiro informar a paciente sobre possível retorno dos sintomas atuais e outros durante a gestação, indicativo de recidiva da doença, bem como dos riscos que a infecção pode trazer ao bebê durante o trabalho de parto. Conclusão: ratifica-se a relevância de uma abordagem integral à gestante com IST’s, de modo especial à gestante com clamídia. Salienta-se a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado, minimizando os riscos oferecidos à gestante e ao bebê e proporcionar melhor qualidade de vida à ambos. Destaca-se a importância de uma abordagem humanizada e individualizada, que possibilite a criação de vínculos e adesão ao tratamento, exigindo um comprometimento entre paciente e profissional de saúde. |